Para seu Roteiro em Berlim, dedico essa playtlist!
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A capital da Alemanha é uma cidade cosmopolita e um dos mais influentes centros mundiais de cultura e política. Não é à toa que recebe anualmente cerca de 135 milhões de visitantes. Berlim se reergueu das cinzas e teve uma capacidade incrível de se reinventar. Está sempre em movimento e continua se reerguendo a cada dia, você verá que é uma cidade em obras!
Por ser uma metrópole, tem centenas de coisas para fazer e a cada ida lá mais dezenas de novidades para conhecer. Tem mais de 130 museus, 400 galerias de arte e muita história para contar. Como sou fã de viagens organizadas, principalmente em lugares grandes, descrevo aqui um roteiro em Berlim de 3 dias para te ajudar nessa organização.
E se você quiser dicas alternativas sobre Berlim, esse post tem tudo o que você precisa saber!
Diversas empresas aéreas fazem trechos diários até Berlim, partindo do Rio e São Paulo. Quem já estiver na Europa a melhor alternativa é ir de voos de low cost como a EasyJet e a Transavia. Tenho um post dando algumas dicas sobre essas cias aéreas: VOOS LOW COST, TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE ELES!
Berlim tem dois aeroportos, o Berlim Schoenefeld (SXF) que tem 4 terminais e geralmente recebe os voos de cias de low cost. E o Berlim Tegel (TXL) , um dos mais movimentados do país, que recebe voos do mundo inteiro.
Outra opção é chegar de trem. Grande parte dos trens de longa distância chegam e partem da Estação Central Hauptbahnhof, no centro da cidade. Você pode fazer sua pesquisa de preço e já comprar com antecedência no site da Rail Europe.
Chegando pelo Tegel você pode ir até o centro da cidade de ônibus, que te deixa nas estações Kurt-Schumacher-Platz (linha U6/metrô) e Jakob-Kaiser-Platz (linha U7 do metrô) – Linhas 109 e 128. Pode também ir pelo Expressbus X9 que parte do aero a todo instante até a estação Zoologischer Garten. Dali você pega trem ou metrô para várias partes da cidade.
Chegando pelo Schoenefeld, a melhor opção é pegar um trem na estação ao lado do aeroporto. Eu adquiri o cartão do Visit Berlin (Berlin Welcome Card) que me deu acesso ao transporte público de graça por 72 horas. Você só precisa validar seu cartão e pegar o trem para seu destino ou para pontos principais como Alexanderplatz. Com o mapa em mãos, você entenderá as linhas de trem e metrô e poderá seguir com tranquilidade.
Além do transporte público gratuito, ele oferece 50% de desconto em mais de 200 atrações e um guia completo de Berlin com mapa. Você pode escolher entre os diversos tipos de cobertura, mas todos oferecem descontos, por exemplo, em mais de 23 restaurantes, 13 city tours, 7 passeios de barco, 53 museus e tantos outros!
A retirada do cartão pode ser feita em qualquer Berlin Tourist Information, o ideal é já pegá-lo no aeroporto para começar a utilizá-lo no transporte.
Outra dica é baixar o App que eles lançaram de um guia em Berlim, o Going Local Berlin.
Honestamente, eu achei que valeu muito a pena. Somar o que você gastará com transporte, entrada em museus ou outras atrações e mais outras coisas, certamente será mais elevado do que o valor do Welcome Card. Sem contar a praticidade de poder andar por toda a cidade, com qualquer transporte público, sem perder tempo comprando tickets.
Aliás, vale um adendo aqui. Em Berlim, como em várias outras cidades da Europa, não é preciso mostrar o ticket quando entra no transporte. Muitas vezes você entra e sai sem ninguém sem ter visto se você tinha o bilhete ou não. O que acontece é uma fiscalização para verificar quem não comprou, e caso você seja pega, a multa não é baratinha. É questão mesmo de consciência, tá aí uma grande diferença para nossa cultura. Imagine se aqui fosse assim?
A capital alemã é fria quase o ano todo. Os meses que costumam agradar menos os turistas é entre novembro e fevereiro, quando a temperatura diária chega perto de zero graus Celsius. No inverno é mais complicado turistar por lá, pois caminhar o dia todo no frio não é lá tão interessante. No verão, como na maioria dos lugares frios, a cidade fica mais movimentada, com festivais e eventos ao ar livre. Eu fui no outono, com um frio mais ameno, com um clima mais bucólico e um verde único na vegetação de Berlim.
Berlim oferece hotéis e apartamentos para alugar para todos os gostos. Em termos de região, eu indico a área do Mitte, que é bem central, regada de transporte público e perto de muita coisa do seu roteiro. O Tiergarten é interessante para aqueles que gostam de ficar perto das principais atrações turísticas. E o Prenzlauerberg é ideal para quem pretende curtir a famosa e longa noite de Berlim.
Meu destaque é para o Park Inn by Radisson, um hotel super central, de 4 estrelas superior com um preço bem acessível. Veja mais em PROCURANDO ONDE SE HOSPEDAR EM BERLIM? CONHEÇA O PARK INN BY RADISSON.
Como meu hotel estava ao lado da TV Tower (Berliner Fernsehturm), já comecei o dia nela. Com 365 metros de altura, tem uma vista incrível da cidade!
Duas dicas para sua visita: primeiro, compre seu ticket pela internet. Você pula a fila (grande) de compra no local. Segundo, se seu hotel não tiver café da manhã, deixe para comer no restaurante da torre com uma vista de 360 graus de Berlim! Na hora da compra veja qual tipo de acesso seu ingresso terá. Uns possibilitam apenas a vista do deck e os para o restaurante, são diferenciados.
Pertinho dali está o Nikolaiviertel (bairro que nasceu Berlim e uma das áreas mais antigas da Alemanha, criada entre 1220 e 1230). No caminho você passa pela praça que abriga a Catedral de St Nicholas e a Prefeitura Vermelha (Rotes Rathaus). O começo do roteiro em Berlim já inicia então com uma bela vista, seguido de charme e tranquilidade no bairro de Nikolaiviertel.
Em direção ao Lust Garten, fica a Berliner Dom, a famosa Catedral de Berlim, beirando o Rio Spree. Atrás da catedral estão as estátuas – Three girls One boy.
Do lado esquerdo para quem aprecia a Catedral está a Ilha dos Museus com cinco museus extremamente importantes: o Museu Pergamon, o Museu Antigo (Altes Museum), a Antiga Galeria Nacional (Alte Nationalgalerie), o Novo Museu (Neues Museum) e o Museu Bode.
Do lado direito da catedral está o Samsung Box (entrada pelos fundos), um ponto que poucos visitam e é excelente para ter uma visão ampla da catedral e do Lust Garten. Pode ainda tomar um café ou uma boa cerveja alemã no café do rooftop, fica a dica.
Logo ali, após o rio a Avenida Karl-LiebknechtPeguei passa a se chamar Unten Den Linden, repleta de construções dos séculos XVIII e XIX. Caminhando até o final dela, você chega no Portão de Brandenburgo (Brandenburger Tor). Você passa pela Universidade Humbolbte e diversos pontos históricos da cidade que foram terrivelmente destruídos durante a Segunda Guerra Mundial.
Por ali também está o Parlamento Alemão (Reichstag, Deutcher Bundestag). Ele que tem uma cúpula incrível para caminhar e ter uma vista de uma perspectiva diferente. Para ir até lá é preciso agendar com certa antecedência. Não me pergunte o motivo, mas deixei passar essa visita e quando cheguei lá acabei me arrependendo de não ter me programado. Para fazer sua reserva, entre no site e programa-se com no mínimo 3 dias de antecedência.
Dali segui para o Memorial do Holocausto (Memorial aos Judeus Mortos da Europa), projetado pelo arquiteto Peter Eisenman e engenheiros do Buro Happold. A sensação de caminhar por ali é bem pessoal, e honestamente, eu que me integrar mesmo com o espaço, não senti leveza.
Ao lado do Memorial tem um estacionamento que você não dá nada para ele, mas simplesmente era um antigo Bunker do Hitler. Esquisitíssimo quem mora ali e todos os dias param o carro nesse lugar, não consigo nem imaginar… Enfim.
A 5 minutos caminhando está a Potsdamer Platz, uma área mais moderna de Berlim com prédios altos, lojas e escritórios. Lá mesmo peguei o S-Bahn até Hackescher Markt onde encontrei um lugar super agradável para almoçar, logo na saída da estação: Weihenstephan. Sem saber, sentei na primeira cervejaria registrada da história! Começaram a produzir sua receita em 1040 e é a mesma até hoje, acredita?! Informações riquíssimas do Mauro do instagram @beerandtrips.
Com artistas de rua fazendo um bom som, aproveitei para degustar algumas cervejas e salsichas alemãs. No final da tarde fui para Altes Europa para um bom vinho. Local menos turístico e com uma pegada bem alemã: barulho, comida, música, vinho e cerveja. É uma opção para quem gosta de curtir lugares mais locais.
Roteiro em Berlim de Hop On Hop Off, a melhor alternativa para se aprofundar nas atrações e economizar perna. Você pode entrar e sair dos ônibus em 20 locais diferentes, todos ao redor da cidade. Os ônibus partem em 7 dias por semana, das 10h às 17/18h. Saiba mais e compre seu ticket aqui!
O melhor desses ônibus é que você adquiri o ticket do dia e pode descer em todas as paradas de acordo com sua vontade. Você desce, olha a tração que deseja e pega o próximo ônibus no mesmo ponto em que desceu. Eles passam de 15 em 15 minutos e assim você vai conhecendo atração por atração sem se cansar e o melhor de tudo, com um áudio guia em português!
Kaiser Wilhelm Memorial, uma igreja toda destruída pelos bombardeios da 2ª Guerra Mundial e que não foi totalmente reestruturada. Atrás dela tem o Bikini Shopping, um lugarzinho bem interessante e caro, mas com lojas alternativas e opções saudáveis e orgânicas. Palácio de Charlottenburg, que tem um jardim lindíssimo que pode ser visita de graça.
A Coluna da Vitória é outro símbolo de Berlim que pode ser visitada. Fiquei chocada em saber que ela foi realocada por Hitler, tirada de um lugar e colocada em outro!
Não deixe de conhecer uma antiga fronteira entre as Alemanhas, o Checkpoint Charlie. Ali você pode entender um pouco mais como funcionava essa área de ligação entre a parte oriental e ocidental.
Eu desci em alguns pontos que achei mais interessante e que complementaria a meu roteiro em Berlim feito no primeiro dia. Você ficará à vontade para o mesmo!
Outra opção bacana e ótima para a qualidade de vida é fazer um tour em Berlim de bike. Veja só:
Você pode alugar a sua perto das estações de metrô e pagar a diária ou, se preferir, a hora. Sites como Berlin And Bike e Berlin on Bike mostram a localização das centenas de pontos de locação de bicicleta em Berlim.
Ao anoitecer fui ao centro assistir ao Festival of Lights Berlin. Vi esse espetáculo na Torre de TV, Berliner Dom, Humboldt University e Hotel Roma na Bebelplatz. Fiquei maravilhada! Desde 2004 esse festival acontece anualmente nos meses de outubro, fica a dica. Olha que ESPETÁCULO!!!
Jantei no Chen Che, um restaurante vietnamita sensacional! Uma casa de chás que vende comida boa e barata em um ambiente super agradável! Se for, não deixe para ir tarde pois eles fecham por volta das 23 horas.
Dia de arte de rua no roteiro em Berlim. Pela manhã fui ao Hackesche Höfe, um espaço cheio de grafites interessantes. Um bequinho que passa bem despercebido e esconde um nicho de arte interessante. Fiquei encantada com o lugar e rendeu um monte de fotos, veja:
Segui pela região de Rosenthaler Platz, com várias lojas diferentonas e restaurantes bacanas. Vontade de comprar o mundo ali. Peguei o U-Bahn até o Memorial do Muro de Berlim (Gedenkstätte Berliner Mauer) e passei um bom tempo tentando digerir o que senti naquele lugar. É uma parte da história de Berlim que mexe e causa um misto de sentimentos. Não tem como não sentir uma dor e uma tristeza profunda pelo que a cidade já passou com o antigo muro.
Esse memorial é a principal fonte de memória do que foi a divisão do mundo em duas partes e da era da Guerra Fria. Depois da sua construção, em 13 de agosto de 1961, famílias e amigos foram divididos e a separação foi instaurada. Caminhando pela Rua Bernauer, você percebe o tamanho do horror e brutalidade cometida pelo governo da República Democrática Alemã, controlada pela antiga União Soviética, desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Os relatos, os vídeos, os textos, é de doer na alma…
Segui de S-bahn para o East Side Gallery, onde está parte do muro de Berlim repleto de grafites e pinturas lindas de diversos artistas do mundo. O muro tinha 155km de extensão quando foi construído e hoje existe apenas uma parte em exibição.
Essa parte do muro beira o Rio Spree e está ao lado da belíssima ponte Oberbaumbrücke.
Passando por ela, você chega no bairro de Kreuzberg, com várias opções de restaurantes e lugarzinhos mais alternativos. Dali fui caminhando até o monumento Molecule Man, que é uma série de esculturas do americano Jonathan Borofsky, instalada em vários locais do mundo. Não cheguei a ver, mas dizem que o pôr do sol dali é um espetáculo.
Depois fui ao Treptower Park, onde está o quase esquecido e menos visitado Memorial Soviético (Sowjetisches Ehrenmal).
Após a visita, final de tarde fui tomar uma ótima cerveja artesanal na cervejaria Straßenbräu, no bairro Friedrichshain. Achei o clima leve e agradável dessa região, sugiro uma passeada por ali. Se tivesse tido mais tempo, eu teria voltado para sentar em outros lugares das redondezas.
Vale ressaltar….
Se passar uma terça feira em Berlim, o mercado turco (BiOriental) é uma ideia para uma tarde multicultural. Ele acontece todas as terças das 11 às 18:30, na Maybachufer.
Se tiver mais tempo em Berlim, uma boa pedida pode ser o passeio de barco no rio Spree. A temporada é de março até outubro e várias empreses oferecem esse serviço:
A forma mais simples de comprar os ingressos é direto nos pontos de saída dos passeios, que você pode encontrar no site das empresas. Outra possibilidade é comprar em algumas atrações do centro da cidade, como: Catedral de Berlim, Nikolaiviertel, Friedrichstraße , Hauptbahnhof (Estação Central de Trens), Haus der Kulturen der Welt. Veja se a empresa escolhida não tem parceria com o Welcome Card!
Se quiser mais dicas para seu roteiro em Berlim, não hesite em falar com a Karine do instagram @ka_abroad. Querida que está morando lá e me mostrou a cidade a partir de outro olhar e fez da minha viagem ainda mais bonita! 🙂
E ainda sugiro os seguintes guias:
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Veja os comentários
Adorei seu post. Aproveitarei muitas coisas em nossa viagem para lá.
Ah que bom Maria, brigada!! Aproveite!
Gostei muito das suas dicas! Bem úteis.
Obrigada.
Que coisa boa Maria, fico feliz, obrigada!!
Post muito bem elaborado. Fotos lindas. Pretendo conhecer!
Muito obrigada Fatima!
Fotos lindas. Pretendo conhecer!
Olá tudo bem? Adorei suas dicas! Tenho uma dúvida: quando compro as atrações antecipadamente, não aproveito o Welcome Card. Mesmo assim vc acha que vale a pena?
Oi Rossana, tudo bem? O Welcome Card depende de quantos dias você vai ficar e quantas atrações pretende visitar. Se forem, muitas, o card vale mais a pena!