Alter do Chão

Alter do Chão – o lindíssimo Caribe Amazônico

Alter do Chão é aquele típico lugar que você vê as fotos e fica doida para conhecer. Não é pra menos. O lugar é realmente de uma beleza natural esplendorosa!

Só para chegar lá já é uma coisa!
Sente na janela e vá feliz admirar a grandeza dessa Amazônia!

Quando conheci esse Caribe Amazônico eu estava em uma viagem a trabalho em Santarém, no Pará.
Logo que soube de Alter do Chão movi mundos para conseguir fugir até lá, e consegui! Como valeu e pena…

Primeiro quero falar rapidamente sobre Santarém!

Antiga aldeia de índios Tapajós, é a terceira cidade mais populosa do estado e fica ali para o lado oeste do Pará, perto da Amazônia. Como é banhada pelo Rio Tapajós, tem mais de 100 km (!!!!) de praias e uma delas é a famosa praia de Alter do Chão, mais conhecida como Ilha do Amor.

Se você tiver tempo, vale passar pelo menos uma noite em Santarém pelo simples motivo: pôr do sol às margens do Tapajós. Que visual!

Na orla você encontra várias opções de restaurantes e bares pra tomar uma gelada e experimentar a excêntrica culinária paraense.

Caminhar pelo beira do rio e observar a imensidão do Tapajós é sublime!
Uma boa opção é passear no Mercado Municipal, conhecer os costumes locais e degustar umas especiarias! É pequeno, mas está bem localizado e dali já pode procurar onde sentar para assistir ao espetáculo da natureza.

Aliás, veja aqui 5 pratos que você deve experimentar no Pará!

 

Como chegar em Alter do Chão

Alter fica a 38 km de Santarém, de onde partem táxis em direção à vila. Ou ainda, se preferir, pode alugar um carro. Mas honestamente, não há necessidade.

Vindo de Belém, o melhor é ir de avião até Santarém (1 hora de voo, pelas companhias Gol e Azul) e lá pegar um táxi.

Onde Ficar:

Pelo Booking você encontra diversas opções de pousadinhas e hostel por lá. Eu fiquei no Hostel Pousada dos Tapajós. Ótima localização, perto da pracinha Sete de Setembro (principal) e de uma pequena praia do Rio. Café da manhã honesto mas saudável, redes e quarto espaçoso.



Booking.com

Alter do Chão

Para quem não sabe, foi escolhida pelo jornal inglês The Guardian como a praia de água doce mais bonita do mundo (!!!) e uma das praias mais bonitas do Brasil.

Oi? Como você não conhece esse lugar ainda? Pois é, foi o mesmo que pensei!

E mais, já devo ter comentado que sou, amo entrar em contato com essa intensa e imensa diversidade cultural mundial. Pois lá, é muito conhecido também pelas manifestações folclóricas, e a mais famosa delas, o Sairé. Essa atividade cultural acontece há mais de 300 anos, no mês de setembro, e é uma grande festa de comemoração ao sagrado e também ao profano.
As apresentações artísticas são feitas na praça da cidade, com muito brilho, cor e música. Um dos seus destaques é disputa entre o Boto Tucuxi e o Boto cor de rosa. Infelizmente não fui nessa época… Mas fica aí a dica!

O que fazer em Alter do Chão

É importantíssimo saber que há duas épocas para conhecer Alter do Chão.

  • A época das cheias (a que eu fui), entre dezembro e março;
  • A época da seca, de junho a novembro.

Na primeira, o Rio Tapajós está bastante cheio e avança até à calçada da vila! É impressionante como o rio toma conta da orla da cidade.
A Ilha do Amor então fica coberta pelas águas, assim como as árvores e cabaninhas na areia. Você consegue ver apenas o topo das barraquinhas.

Tudo coberto!!

É incrível ver como o nível do rio sobe drasticamente, mudando completamente o visual da vila e da natureza ao redor.

Cheia

Nessa época é ótimo para conhecer o igarapés, andar de barco pelo meio da floresta, com sorte observar macacos e jacarés, além de aproveitar a cidade mais vazia. O contato com a natureza é enorme, as poucas praias que resistem mantém as águas cristalinas e o pôr do sol é fantástico!

 

Lembro da sensação única de mergulhar naquele rio que tem tanta energia, carrega tanta história e tanta beleza… Foram momentos de entrega, de sinergia, de benção.

É de fato uma experiência inesquecível….

Se permita mergulhar nessas águas…
A imensidão do rio é de arrepiar. A maior distância entre as margens do rio chega a 12 km!

Para desbravar um pouco de tamanha natureza, dependendo da época em que for, você pode optar por alguns passeios.

Os barqueiros que ficam na praça principal informam todos os passeios possíveis.

Quando fui, lembro que escolhi um passeio pelos igarapés, na floresta encantada do caranazal. O lugar é mágico e você ainda pode almoçar depois um peixe de água doce maravilhoso em um pequeno restaurante na beira do rio.

A canoa passa literalmente pelo meio da floresta alagada. Incrível saber que na seca, tudo aquilo ali é areia, mata e trilha. Vale muito a pena..
Nativos te levam por cerca de meia hora adentro e não cobram quase nada!
Parar e ouvir o som da natureza e observar a perfeição do reflexo na água, não tem nada melhor…

Outro passeio que fiz foi para ver o pôr do sol foi até a ponta do Cururu e Muretá. Lá não tem infraestrutura e você consegue se conectar incrivelmente com a natureza, além de assisitr a um e-s-p-e-t-á-c-u-l-o!

No dia seguinte escolhi ir com o barquerio para esquerda do rio, que infelizmente não me recordo o nome. Me perdoooem! Mas chegando lá todo mundo sabe te dizer! 😉

Conheci vários pontos de praia com água cristalina, rodeando sempre a mata amazônica. Ainda nesse trajeto, é possível ver botos! Se tiver sorte, claro.

Os barcos saem de um pequeno pier a esquerda da cidade e quando você volta, assiste a mais um pôr do sol incrível….

Outro passeio para ser feito em quelquer época, se você estiver com disposição, é subir no Morro da Piraoca (pira = peixe e oca = casa), na frente de Alter e ver o sol nascer no rio. Quando tentei fazer esse passeio, infelizmente, o dia amanheceu nublado e não subimos. Mas disseram que é lindíssimo e a caminhada tranquila.

Seca

Na época da seca, forma-se a famosa Ilha do Amor, o movimento cresce a vila é muito frequentada pelos paraenses e turistas do mundo todo. O visual com certeza é de encher os olhos, mas os preços e a movimentação urbana será beeeem maior.

Como mostrei ali e cima, olha a diferença incrível do Rio Tapajós nos períodos da chuva e da seca:

 

 

Surreal né? Fiquei CHOCADA!!!

É claro que ir na época da seca você tem esse paraíso de água doce….
Mas como não podia perder a oportunidade de ir, mesmo na cheia, digo que ainda assim vale a pena. O lugar é pacato, preserva sua tradição cultural e é lindo de qualquer jeito.

A sintonia com a natureza e a força do Tapajós é independente da época do ano….

Flona Tapajós – Floresta Nacional dos Tapajós

A Flona é uma unidade de conservação ambiental às margens do rio Tapajós e suas águas cor de esmeralda.

No meio dessa maravilhosa floresta, cerca de 29 comunidades ribeirinhas por ali vivem. Algumas delas estão habilitadas pelo Ibama para desenvolver o turismo sustentável, ou ecoturismo.

É possível agendar uma ida e fazer essa imersão. Fiquei loooouca pra ter essa experiência…

E é aí que você, meu amigo, assim como eu, aaaama natureza, pode ter uma experiência única!
Infelizmente não tive tempo para conhecer, mas ainda volto.
Me aguarde!

Essa trilha pela Flona pernoite e alimentação nas comunidades. Para mais informações você pode procurar os barquerios, o Centro de Atendimento ao Turisma (CAT) ou ainda uma agência que me indicaram: Mãe Natureza (Pça. Sete de Setembro, s/n, Centro, 3527-1264/9131-9870)

Mas se ficar na floresta é um pouco demais e você pretende apenas entrar em contato com a natureza, respirar aquele ar puro e se reenergizar no enorme Rio Tapajós, sugiro que fique no mínimo 3 dias.
Se você gosta desse tipo de viagem, você vai ser feliz lá! Mas leve seu repelente…rs

Tenho certeza que depois desses relato e dessas fotos você ficou com mais vontade ainda… Acertei?

E sabe qual é o melhor de tudo? As passagens até Santarém ou Belém geralmente não são caras… É um turismo barato e que muito brasileiros não conhecem.

Aproveite para desbravar as belezas naturais do Brasil, conhecer um lugar e uma cultura incrível e ainda gastar pouco…

Mais dicas desse paraíso no blog Mochilão a Dois e também no Blog Viajante em Série!

Boa Viagem!

Luisa Galiza

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