Bali é um destino bastante conhecido no mundo das viagens. O que muita gente talvez não saiba, ou não tenha tanta noção, é que Bali é apenas uma das milhares de ilhas que compõem a Indonésia! Seu sucesso, claro, não é à toa: são lindas paisagens naturais, complementadas com a cultura e a gastronomia rica e diversificada. Pensando em esclarecer um pouquinho mais sobre o lugar, hoje vamos falar um pouco sobre o que fazer em Bali, detalhando alguns lugares menos conhecidos e, com toda a certeza, abordando os custos desse lugar paradisíaco!
ORGANIZANDO SUA VIAGEM
Bali é a mais famosa ilha da Indonésia. Muitos ficam em dúvida como como chegar a Bali, o que é comum, afinal, é uma ilha. Por ser bem grande e turística, ela possui um aeroporto grande, o Ngurah Rai International Airport, que fica em Denpasar. Várias companhias aéreas operam lá, mas as principais são as asiáticas. Visto que a distância do Brasil para lá é grande, as viagens para Bali não duram menos de 24h, já que não existem voos diretos. Já para quem mora perto da Ilha, fica de fato mais fácil e barato.
É possível viajar fazendo apenas uma conexão, ou mais. Saindo do Aeroporto Internacional de Guarulhos, há a opção de voo com a Emirates ou Qatar para apenas uma conexão. As outras companhias demandarão duas conexões.
Um aspecto bastante relevante a ser considerado quando se faz uma viagem internacional é a cultura e a religião do país. Isso porque as diferentes culturas trazem consigo diferentes tradições e costumes, os quais devemos respeitar. Em Bali, diferentemente da maior parte da Indonésia, o hinduísmo é predominante, sendo não somente uma religião, mas também uma cultura e filosofia de vida. Não existem restrições como acontece com o islamismo, mas existem alguns costumes. O dia do silêncio, por exemplo, é um dos mais importantes do calendário balinês. Ele acontece de acordo com o calendário lunar hindu, sendo um dia em que os balineses fazem silêncio, jejuam e não saem de casa. No dia seguinte, eles perdem perdão um ao outro, reúnem os familiares e fazem rituais religiosos. Dito isso, é importante realizar um planejamento prévio de viagem, para respeitar seus costumes e não sofrer uma possível frustração.
A melhor forma de andar em Bali é, querendo ou não, de motoca. O trânsito na ilha é caótico e qualquer locomoção gasta um tempo que você não imagina. Carro não vale a pena pelo trânsito e pelo preço. Transporte praticamente não há!!! Pasmem. Bike não é viável pelas distâncias enormes entre um lugar e outro.
Sobre as scooters que são facilmente alugadas na região: apesar de, teoricamente, ser imprescindível a carteira internacional para moto, a maior parte dos lugares não cobra, o que facilita, mas também complica o trânsito pela falta de experiência de muitos e, claro, o perigo inerente. Vale pagar umas aulas e alugar uma por um preço irrisório de cerca de 30 reais o dia. Mas se você não curte essa opção, calma! Lá tem os app Gojek e Grab que são como os aplicativos de motoristas aqui do Brasil. Mas são motos e são super baratinhos. É uma ótima forma de se locomover por lá também!
As praias da ilha são, de fato, as atrações preferidas dos turistas. No entanto, existem várias outras coisas que podem ser muito bem aproveitadas numa viagem para Bali. Antes de mais nada, recomendo de olhos fechados a @onmywaytobali, agência de viagem que atua há anos no mercado e faz com que a experiência, naturalmente extraordinária, seja ainda melhor. Vem com a gente conhecer algumas das que acreditamos serem as mais legais 🙂
Tida como o centro cultural de Bali, Ubud é um dos pontos mais incríveis que fogem do tradicional turismo praiano. Apesar de ser longe do mar, no sudeste asiático, é muito interessante de conhecer, especialmente porque apresenta aos turistas um forte lado do hinduísmo. Conta com muitos templos, arrozais, centro comercial de artesanato… Enfim, várias coisas muito interessantes.
Uma das partes mais amadas de Ubud é o Tegalalang Rice Terrain. É um terraço em que é possível chegar de carro e poder ver o sistema de irrigação subak. Ali tem o Tis café, com uma piscininha deliciosa que você pode curtir à vontade. Convertendo, custa R$ 70, que são convertidos em consumação. Outra plantação, o Jatiluwih Rice Fields é um dos maiores arrozais da região, sendo, aliás, um patrimônio da UNESCO.
Falando em café, não deixe de visitar o Zest Café. Ele é totalmente plant based, super charmoso e uma ótima opção pra teletrabalho. Por ser uma parte de muito culto ao hinduísmo, Ubud tem vários templos lindos que definitivamente valem a sua visita. O mais tradicional e talvez um dos mais belos é o Saraswati Temple, construído em homenagem à deusa hindu que representa a literatura, a arte e a aprendizagem. Dentro, tem um lago em que boiam várias flores-de-lótus, bem como outras plantas e ornamentos decorativos. É, de fato, muito lindo! Há também o Pura Gunug Kawi Sebatu. Também é cercado de laguinho com lótus e carpas, mais simples, mas igualmente belo. Os templos transmitem, de fato, muita paz, e é uma visita interessante para quem curte o aspecto cultural de uma viagem.
No destaque sobre Ubud no Instagram tem um pouco das experiências gostosas que vivi por lá!
Minha indicação de hospedagem é o Umagama Vila, mais afastado, mas em um local lindo e que de scooter, você terá acesso a comércio local bem pertinho.
Honrando a fama praiana de Bali está a região de Uluwatu. Dona das mais belas praias da Ilha, está ao sul e conta com enormes paredões de calcário que despencam em precipícios no oceano. Mas, mesmo sendo muito bonitas, muitas das praias não são recomendadas para banho. Isso porque as ondas são grandes, fortes e o terreno é acidentado. Sendo parte de Bali, é claro que ali não poderia ficar de fora o aspecto de adoração hindu. Para isso, o Pura Luhur Uluwatu foi erguido, na ponta de um enorme precipício de mais de 70 metros de altura.
Como dissemos, no entanto, o ponto forte de lá são as praias! Isso significa que o que não faltam são paraísos litorâneos para conhecer. A maioria das praias são mais propícias para o surf, pois o mar é bem agitado, muitas ondas e afins. Aliás, é importante prestar atenção no swell, ou seja, a alta do mar. Muitas das praias ficam até mesmo sem faixa de areia, ou seja, totalmente impraticáveis. Outro problema é que as praias são bem pra baixo, sendo acessíveis por escadas de MUITOS degraus, o que torna a volta bastante cansativa.
A Blue Point é a praia mais conhecida da cidade, pois as ondas são ótimas, o que faz com que os surfistas amem o local. Há muitos barzinhos sobre o mar, de forma que a vista que eles proporcionam é excelente. Agora, se você quer banho, a Padang Padang é o melhor lugar. Ótima para passar o dia e banhar, com faixa de areia, água quente e barraquinhas de comidas e bebidas.
Por lá, deixo a dica do restaurante Mana Uluwatu, que, além de servir uma comida deliciosa, tem um visual lindíssimo e música boa! Também tem destaque de Uluwatu no Instagram 🙂
Se você quer economizar, a dica boa é o 14 Palms. É uma hospedagem linda, muito confortável e que o custo benefício vale muito a pena, quando comparado com outras hospedagens. Fica perto da Green Bowl Beach e os hóspedes adoram a receptividade, o café da manhã e a calmaria do ambiente.
Agora, se você não precisa se preocupar com valores e quer usufruir de conforto, o Moana Villa & Suites Bingin é uma alternativa de encher os olhos. Fica a 5 minutos a pé da praia, é super relaxante, numa decoração clean que transmite muita paz. Os hóspedes destacam a ótima receptividade e a privacidade que o local proporciona.
Uma região famosa pelos restaurantes e cafés deliciosos, Canggu também é um centro de surf. Há, inclusive, a oferta de aulas! Duas horas custam em média R$ 110 e são muito interessantes, afinal, fazer algo diferente é sempre muito bacana. Quanto aos estabelecimentos, há para todos os gostos! Um dos mais famosos de comida local é o Warung Dandelion, enquanto o Koin Cafe é uma ótima pedida para quem quer matar a saudade de pizza e sanduíche (mas também tem comida local). Vale ver também o Sedasa Café, o Secret Spot e o Yema Kitchen, esse último sendo uma mistura de café e restaurante que agrada a muita gente.
Outra coisa super legal para quem, como eu, gosta de feirinhas, é visitar o mercado Love Anchor. É um mercado de artesanato, com várias coisas de palha, madeira, macramê… E diversos itens, indo da bijuteria aos utensílios para o lar. É muito legal pela pegada cultural.
Lá também tem praias, mas nem de longe são bonitas como as de Uluwatu, por exemplo. São simples, a areia é mais escura, mas são boas para banho e para simplesmente relaxar.
Num valor razoável oferecendo conforto, proximidade de pontos turísticos e vista linda para os campos de arroz está o KTS Balineses Villas. As praias mesmo ficam a uns 5km, mas a vista, a recepção maravilhosa (que inclui uma bebida de boas vindas) e, principalmente, o custo benefício fazem a hospedagem valer muito a pena.
Uma opção não óbvia, ainda não explorada por turistas mas que é, de fato, absurdamente encantadora: Amed. Um lugar de praia de areia vulcânica, com pedrinhas pretas, mas absurdamente cristalinas, com arrozais e a imponente presença do Monte Agung à leste da ilha.
Uma das principais atividades possíveis em Amed é o snorkel. A vida marinha é linda, com muitos corais multicoloridos, estrelas do mar e peixinhos diversos que não fogem de você. Para além, é muito interessante ver os naufrágios no fundo do mar. Para os adeptos do freedive, o mergulho de apneia, saibam que os indonésios também praticam bastante!
Também é ali que está o cartão postal mais famoso de Bali pelo Instagram: o portal do templo Lepuyang Luhur. Ao fundo é possível ver o vulcão Agung, lindo, e exuberante. É, de fato, um baita visual, mas que demanda paciência, pois há muitos turistas querendo tirar essa foto. Aliás, por ali, há muito mais o que conhecer: sete templos extraordinários.
Por fim, fazer um trekking no Mount Batur de madrugada para ver o sol nascer é uma experiência que vale a pena viver. São 1.700m de altura, sendo o monte o segundo maior vulcão ativo da ilha, perdendo apenas para o Agung. São cerca de 2h para chegar ao topo do vulcão e conseguir ver a beleza do nascer do sol.
Em Amed, as hospedagens são bem mais baratas, já que não é uma região em que o turismo bomba tão fortemente. Por isso, é possível se hospedar num lugar super confortável, 4 estrelas, sem gastar muito. Um ótimo exemplo é o Villa Aska. A 200 metros de Lipah Beach, são casinhas que contam com muita privacidade e conforto. Uma delas, inclusive, conta com uma piscina de borda infinita de vista para o mar. Incrível, né? E te garanto que o custo benefício é muito bom!
Essas são apenas algumas das várias possibilidades de atração em Bali. Ainda que seja uma ilha, sua extensão é bem grande e o trânsito, caótico. O que fazer em Bali varia muito da sua predileção de viagem, se quer algo mais agitado ou calmo, mais turístico ou alternativo… A certeza que tenho é que, independentemente da sua escolha, Bali vai atender a tudo o que você espera! 🙂
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