Indonésia

Monte Agung: o trekking no vulcão ativo mais alto de Bali


A Indonésia é um complexo de ilhas e, também, é um antro de vulcões. Isso porque está localizada no Anel de Fogo, a região mais sismicamente ativa do mundo; é onde 90% dos vulcões ativos do mundo estão. Dos vulcões de Bali, o Monte Agung figura como o mais alto da ilha, com 3.142m de altitude. Ah, e detalhe: ainda é ativo. Sua última atividade foi em maio de 2019, quando soltou lava e rochas incandescentes, além de cinzas que se espalharam pelas vilas próximas. Em setembro de 2022, fiz o trekking no Monte Agung. A gente quase não encontra relatos de quem subiu na internet, menos ainda de brasileiros. Mas com cara e coragem, fui, e venho contar para vocês minha experiência incrível nesse imponente monte.

Reprodução: DepositPhotos

Como é a trilha do Vulcão Agung

Esse desafio não foi fácil de encarar: o trekking tem 14km de extensão, seu nível é difícil,  e tem duração de 12 a 15 horas entre subida e descida. São aproximadamente 5 a 7 horas para chegar ao topo, numa trilha que inicia as 23h30 para ver o nascer do sol do cume do vulcão.

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Informações técnicas

  • Cume mais alto de Bali
  • 3142m de altitude
  • Trilha nível difícil superior por ter penhascos e grande exposição
  • 12 a 15hrs de duração
  • Cerca de 15km
  • Altimetria de 2.000m
  • 6 horas de subida íngreme
  • 6 horas de descida íngreme
  • Solo lamacento, com cascalho e escorregadio
  • Caminhada exporta sobre pedras

Sobre o trekking

Primeiramente, é muito importante ir com guia. É um terreno desconhecido, pouco explorado, e ir com quem tem experiência vai tornar tudo ainda melhor. É muito importante levar roupas de frio que sejam resistentes, pois a temperatura é baixa e os ventos, fortes. Além disso, ter preparação e condicionamento físico é imprescindível, já que é uma subida, de fato, bem difícil. Esse, aliás, é um dos motivos de quase não haver exploração turística nesse trekking, além de haver pouca divulgação. Para subir, custa em média $100 por pessoa e o pacote foi fechado com a agência brasileira @onmywaytobali.

O trekking em si é desafiador. O terreno varia muito entre fértil e arborizado, cascalho com pedras vulcânicas e afins. A subida é bastante íngreme e não te da trégua. São mais ou menos 6 horas para subir, e o fôlego falta. Chegar ao cume, no entanto, é, de fato, recompensador. A vista é surreal! Dá uma olhada:

Interessante observar que, mesmo em se tratando de um vulcão, não é quente; pelo contrário: devido à altitude, faz bastante frio. Além disso, a fumaça que sai de lá não tem cheiro de enxofre, como é comum imaginar.

“Vivenciar uma experiência como essa, de subir o vulcão mais alto e ativo de Bali, transcende explicações. É uma mistura de sentimentos que envolve desafio físico, mental, espiritualidade e magnitude da natureza. Sem dúvida foi o ápice da viagem à Indonésia “ Luisa Galiza

O relato completo e detalhado de toda essa trilha está disponível no reels do Leve na Viagem. Se você pretende viver essa experiência ou tem curiosidade sobre o Monte Agung, vale a pena dar uma olhada! Mas, pra você que já tá por aqui, dá uma olhada no relato completo logo abaixo:

Trekking do Monte Agung

Subida do Monte Agung

A subida começou às 23h30 e foi engraçado que, olhando para o topo do vulcão, não parecia tão alto. A subida começa já a 1.200m de altitude; isso significa que ascensão tem uma altimetria de 2.000m, o que acrescenta um grau de dificuldade nessa trilha. O terreno é bastante arborizado no início e a subida é interminável. Não há trechos que não sejam inclinados e, à medida em que você vai subindo, a inclinação vai aumentando gradativamente.

Algumas paradas nos mostram a ascensão e a altitude alcançada. Lanterna na cabeça, trechos lamacentos, escorregadios, exercício cardiovascular de alta intensidade e longa duração. À noite tudo fica muito parecido e sua concentração é 100% na atividade que está executando. O acampamento base permite que as pessoas que querem fazer o trecho em dois dias durmam em barracas. Foi ali paramos para cozinhar um macarrão e tomar um café, por volta das 3h30 da manhã, ou seja, já tinham corrido 4 horas de subida. 

Uma trilha praticamente sem intervalos

Não ficamos parados mais do que 40 minutos. Primeiro porque o frio era grande e, segundo, porque tínhamos hora pra chegar ao cume e ver o nascer do sol. A noite estava linda, a lua cheia brilhava no céu e iluminava parte do caminho que trilhávamos.

Depois do acampamento base, a subida fica muito íngreme e o terreno muda. Passamos a caminhar sobre pedras vulcânicas e em alguns locais que parece ter um abismo ao lado. Por conta da escuridão, não é fácil passar em trechos íngremes e pouco largos, com descidas grandes por todos os cantos. A concentração e o controle mental precisam estar afiados.

Chegamos perto do cume antes do horário previsto, já que não paramos para descansar e nosso ritmo era puxado. Depois de 5 horas de caminhada, escolhemos um buraco no chão para fazer uma fogueira, esquentar e aguardar um pouco para continuarmos a subida até o cume. As 5h30 retomamos e o sol já pegava fogo. Uma subida íngreme e em um penhasco de tirar o folego. Medo, adrenalina, tesão, deslumbre. Uma mistura de sentimentos.

Chegada ao cume do Monte Agung

Chegamos no ultimo cume do Vulcão Agung às 6h e, enquanto a lua cheia ia embora de um lado, o sol nascia do outro. A cratera gigantesca expelia fumaça, nossos corações na boca, pêlos arrepiados. Que momento indescritível ver aquela imensidão e força da natureza na nossa frente.

Tudo ao redor é perfeito, é maravilhoso. Depois de uma hora apreciando toda aquela cena espetacular, a descida começa e são quase 5 horas sem parar. O joelhos gritam, o cansaço pega, afinal, já são mais de 10h ininterruptas de trilha intensa. 

Ao final da experiência, eu só tive a certeza que subir até o ponto mais alto de Bali foi um dos ápices, literalmente, da viagem para a Indonésia!

Dicas importantes

Para esse tipo de aventura, vestimentas de qualidade são imprescindíveis, não só pelo conforto, mas também pela segurança. Subir o Agung e vulcões que não tem neve, mas obviamente altitude, exige o uso de casacos resistentes e anorak para proteger contra vento forte e eventuais chuvas. Um gorro e luvas também são importantes para manter as extremidades aquecidas e, claro, uma bota de alta qualidade para garantir que seu meio de transporte, ou seja, seus pés, estejam seguros.

Aqui vão algumas indicações para essa trilha de arrancar suspiros:

  • Casaco para frio de altitude mediana indicamos o Thermoball que tem ótima resistência para baixas temperaturas, acolchoado e é feito com materiais reciclados!
  • De anorak, a sugestão fica para o modelo Venture!
  • Opções de gorros tem aos montes, fica a seu critério de estilo, cor e design.
  • Diversos modelos de luvas, mas destaque para Etip Recycled e Montana Etip Gore-Tex.
  • Por fim, uma boa bota para o vulcão é Hedgehog Mid Futurelight que tem tecnologia respirável, impermeável e ótima aderência com seu solado vibram!

Lembrando que, para qualquer uma das peças do site ou da loja física, o cupom levenaviagem garante 10% de desconto 🙂

Luísa Pires

Luísa Pires é licenciada e pós graduada em Letras, atuando desde 2018 na redação do Leve na Viagem. Amante de livros, viagens e das descobertas de novas aventuras.

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