Escolher roupas para trekking às vezes pode ser um desafio maior do que se imagina, especialmente para quem está começando agora a praticar a aventura. Se você faz parte desse grupo, ou quer aperfeiçoar sua mochila, vem comigo que hoje vou dar algumas dicas para você 🙂
Por ser embaixadora da The North Face, uma das maiores marcas outdoor do mundo, trarei dicas de peças da própria marca. Aliás, existem benefícios para vocês, leitores e seguidores do Leve na Viagem. Com o cupom levenaviagem você tem 10% de desconto em qualquer produto pelo site da The North Face e na loja física! E o melhor, ele é cumulativo, ou seja, é válido também para produtos que já estão com desconto. Aproveite mais ainda esse post!
Primeiramente, antes de dar as dicas das roupas em si, vou explicar um pouquinho sobre como funciona o sistema de camadas. Esse é um conceito atribuído de acordo com a necessidade de cada atividade. Sua divisão funciona da seguinte forma:
É importante que essas camadas sejam respiráveis, ou seja, é interessante que os tecidos que compõem as roupas sejam adequados a esportes e sequem rapidamente.
Agora, veja abaixo as dicas de acordo com o sistema de camadas e os lugares quentes ou frios.
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Começo as dicas com os locais quentes, porque assim, quando passarmos aos frios, precisamos apenas complementar os que forem aqui citados. Pois bem, trekkings em locais quentes, que não sejam em picos de montanha, regiões de bastante vento ou de frio extremo, as roupas necessárias são básicas e não vão demandar muito de você.
Qualquer trekking vai exigir o uso da camada base, que é a da camiseta. Como falei antes, o ideal é que seja um tecido respirável, por isso recomendo camisetas ou regatas dry fit.
Outra possibilidade é que as escolhas sejam de camisetas de manga comprida, o que pode ser bom para quem deseja se proteger melhor do sol. Apenas lembre-se sempre de optar por tecidos respiráveis e de preferência, que tenha proteção UV.
As calças são itens que considero interessantes, mesmo no calor. Por que? Bem, em virtude das árvores e possíveis pedras, o caminho pode nos arranhar ou machucar com facilidade. O tecido da calça protege melhor a nossa pele de machucados indesejados, o que é desagradável num contexto de trekking. O fato de serem de poliéster ou poliamida devem-se ao fator evaporação: assim como no caso das camisetas, o tecido mais apropriado é o que permite que o suor seja expelido, e não fique contido no pano. A diferença entre o poliéster e a poliamida é principal no sentido da textura: a poliamida se aproxima mais do algodão, mas, em contrapartida, forma as famigeradas “bolinhas” que o poliéster não forma.
Se você é uma pessoa muito calorenta, não aguenta tecido pregando nas pernas e prefere sentir sua pele mais livre, as bermudas são ótimas opções. Contanto que você se lembre do quesito tecido, opte pelo que mais lhe agradar.
As meias são itens importantes na prática de trekking. Isso porque, como a caminhada é constante, o ideal é que elas sejam reforçadas para proteger o seu pé enquanto realiza o seu trajeto. As meias ideais são as de lã sintética, reforçadas tanto no calcanhar quanto na ponta. Isso porque, ao transpirar, as meias comuns podem pesar até 30% a mais com a umidade, enquanto as de lã sintética, não. Além disso, o cano alto protege os tornozelos e permite que o suor também seja melhor contido, evitando possibilidades de acidentes em caso de necessidade de uso das pernas no trajeto.
Quando vamos realizar trekkings em locais que sejam mais frios, é importante que nós nos preocupemos com alguns detalhes a mais.
Um erro muito comum é optar pelo uso da segunda pele em trilhas quentes. Tal peça é um item especial, voltado especificamente para a prática de esportes e que tem como característica a seguinte composição: a existência de um lado hidrofóbico e outro hidrofílico. Em termos básicos, o lado hidrofóbico expulsa a umidade da pele, conduzindo-a ao lado hidrofílico. Ou seja, ela expulsa o suor da pele e do tecido. Legal, né?
As segundas pele existem tanto para vestimenta superior quanto inferior, existindo em versões de calças e camisas de manga comprida. Se o seu trekking for em temperaturas mais baixas, vento e chuva, opte pela que melhor se adequar à sua realidade.
Recomendado para frios amenos a mais extremos, o fleece é um tecido como uma espécie de flanela (a grosso modo), que tem algumas propriedades que os tornam perfeitos para a prática de trekking (respirabilidade, compressibilidade e leveza). Existem fleeces de diversas gramaturas, e isso você decide a partir das características do seu destino de trekking. No entanto, é importante saber que não se deve usar fleeces de gramaturas baixas em frios abaixo de 5º.
Vai fazer um trekking que decerto há possibilidade de chuva, ou é montanhoso e vai ter vento? Eis o uso da jaqueta impermeável, ou do Anorak. O material que compõe a vestimenta é próprio para proteger o usuário de condições de frio, chuva e vento que sejam mais extremas. Eles são impermeáveis e ajudam tanto em trekking quanto para o dia a dia. Alguns, inclusive, são ótimos para a neve. Novamente, dois pontos são importantes: a necessidade de uso, ou seja, o destino do seu trekking, e o fator impermeabilidade do tecido. Atendeu a tais requisitos, escolha sem preocupação.
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O gorro é um item muito interessante para ter, pois, ainda que não pareça fazer muito sentido proteger a cabeça se não há sol, as nossas orelhas são extremidades do nosso corpo que precisam se manter aquecidas. A partir do momento que nossas extremidades não se aquecem, o frio se alastra mais rapidamente pelo nosso corpo. Por isso, se você já tem uma tendência a sentir mais frio, recomendo bastante.
Bem como o item anterior, as luvas são muito importantes para manter nossas mãos protegidas do frio extremo. Nossos dedos, quando muito gelados, tendem a ficar muito enrijecidos, o que pode prejudicar a nossa mobilidade ao longo da atividade que estivermos fazendo.
A balaclava é um item que pode ser usado mesmo nos trekkings quentes. Isso porque, no calor e no sol, ela protege o rosto e o pescoço de queimaduras, insetos e resíduos de poeira e possíveis arranhões. Já no frio, mantém a nossa pele aquecida, em especial o nariz, outra extremidade que, quando fria, aumenta a sensação de frio no nosso corpo. A pescoceira tem essa mesma função, mas se limita ao pescoço.
Viu como não é difícil selecionar as roupas de trekking para usar? De fato, é muito mais fácil do que parece à primeira vista. Seguindo alguns conceitos básicos, você consegue montar uma mochila que contenha o essencial — o que é muito importante, tendo em vista que é necessário manter o peso da mochila sempre o menor possível.
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Se acaso precisar de mais alguma ajuda ou tirar dúvida, lembre-se: o Leve na Viagem está disponível para retirar suas dúvidas e ajudar em tudo, até mesmo em seu planejamento de viagem 🙂
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