Já pensou em se hospedar em um veleiro? Então veja como foi velejar na Polinésia!

Uma das experiências mais incríveis que já tive, sem dúvida: velejar na Polinésia Francesa. Eu jamais imaginaria fazer isso na vida. Não era um plano ou um sonho, porque parecia tão longe da minha realidade que nem cheguei a sonhar. Pois bem, acontece que a vida dá mesmo voltas e nos surpreende. Cá estou eu, escrevendo esse post para falar dessa vivência linda, da liberdade extrema e intensa que foi velejar no paraíso.

Se você ainda não sabe muito sobre a Polinésia Francesa, vale ler o post DICAS PARA VOCÊ ORGANIZAR UMA VIAGEM PARA POLINÉSIA FRANCESA, que dedico especialmente a quem quer organizar uma ida até lá. Você verá que a Polinésia tem 5 arquipélagos e mais de 100 ilhas. Como tive apenas uma semana, explorei pouco a região, o que me faz prever retornar um dia a esse paraíso. Sim, terei que fazer esse terrível esforço. 🙂

Bom, estar num veleiro possibilita passear por ilhas sob outra perspectiva. Claro que o tempo é outro, mas além de ser uma experiência incrível, deixa sua viagem mais barata. Por quê? Porque a sua casa já será o seu próprio meio de transporte!

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Eu passei uma semana nesse lugar maravilhoso, velejando com a Andréia e José, no veleiro Moskito Valiente. Atualmente, o point deles é a Polinésia, e quero contar para vocês como foi a minha experiência por lá:

 

Como foi velejar na Polinésia Francesa

Chegar até lá foi uma longa viagem. Fiz stop over na Ilha de Páscoa e cheguei no Taiti por volta de uma da manhã. Na entrada do país é exigido o endereço em que você vai ficar; dei o endereço da marina onde o veleiro estava. De táxi, fui até lá, onde o casal estava esperando por mim com Kuna, a cachorrinha adotada por eles.

Pegamos o dinghy (bote que faz sempre os traslados entre a terra e o veleiro) e fomos, sob a lua cheia, até o Moskito Valiente. Uma adrenalina misturada com felicidade extrema por estar na Polinésia, e ainda por cima chegando em um veleiro! Andréia, com todo carinho, preparou uma recepção linda com cartinhas, quartinho arrumado, petiscos e cerveja gelada.

Bom, a partir daí já dá para imaginar…. A viagem foi maravilhosa! Vou destacar alguns pontos para vocês entenderem.

Ah! Fiquei conectada o tempo inteiro com o chip da O Meu Chip. Mesmo ancorada no mar, não tive problemas de falta de internet. 🙂

 

Velejar na Polinésia: O Moskito Valiente

O veleiro no qual fiquei é uma casinha móvel linda. Com 3 quartos, uma sala em comum, cozinha e banheiro, acomodou tranquilamente eu, Andréia e José.

Andréia já vive no mar há quase 10 anos; José, mais tempo ainda. Os dois se cruzaram há pouco mais de 2 anos e fizeram a travessia do Oceano Atlântico. Decidiram parar por um tempo em San Blas, trabalhando com charter, que é justamente a recepção de turistas no barco. Após alguns meses, decidiram atravessar o Oceano Pacífico, e agora estão passando um tempo na Polinésia Francesa, viajando por ilhas e arquipélagos paradisíacos. Vida dura, né? Eu também tive dificuldade em lidar com isso, hahaha.

Bom, eles estão abertos para receber pessoas do mundo inteiro. Falam português, inglês, francês e espanhol. O barco tem rede, equipamento de mergulho, stand up e jogos de praia. Ah! Cozinham super bem e a cada dia é um cardápio diferente, além de ter uma apegada de alimentação natural que combinou demais comigo!

Eles também fazem a própria bebida alcoólica a partir da fermentação de frutas. Germinam grãos para comer comida viva e fazem kombucha. Resumindo, é um paraíso em cima de um mar paradisíaco com um casal incrível e super gente boa. Melhor impossível!!!!

Aliás!! Se você for viver esse sonho com eles, fale que chegou pelo Leve na Viagem que ganha uma garrafa de espumante de presente!

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O Roteiro

Como eu tinha apenas 7 dias, o roteiro foi elaborado pensando nos lugares interessantes ao redor do Taiti que eu queria conhecer. Fechamos a ilha Moorea e a ilha Raiateia. Para isso, eu teria uma noite no Taiti, algumas em Moorea, uma travessia de 180 km no Oceano Pacífico e uma noite em Raiateia.

Moorea

Em Moorea, dormimos em dois ancoradouros diferentes. É incrível a sensação de liberdade que temos quando estamos no mar. É tão diferente da nossa realidade em terra que pequenas coisas fazem toda a diferença.

Na primeira noite, ancoramos perto da praia de Temae, lindíssima e de uma água que mais parecia de mentira. Ao lado do Moskito Valiente, podíamos mergulhar tranquilamente, ver a vida marinha mesmo após o sol se pôr, de tão clara que era água. Catamos conchas com moluscos para comer de jantar, nos admiramos com peixes coloridos, vimos arraia, o sol se pôr e a lua nascer no mar.

Para visitar, a praia fomos de stand up, que é um dos meios de transporte entre o veleiro e a terra. Atividade física na veia, excelente para quem curte esporte, contato com a natureza e qualidade de vida.

É um privilégio único dormir olhando para o horizonte, sentir o balanço do mar, dormir com o silêncio da natureza. Uma calmaria sem igual; uma paz que transborda, gente, de verdade.

Moorea tem formações rochosas incríveis e um verde imponente. Parecia um sonho estar naquele barco no meio do mar da Polinésia. Acordar, mergulhar na água cristalina, escolher onde fazer snorkel, cozinhar ouvindo uma boa música, nadar a qualquer instante. As atividades são muito mais no mar do que na terra. Diferente de quando viajamos de carro, por exemplo, que escolhemos uma praia para passar o dia. No veleiro, escolhemos onde vamos mergulhar, temos muito mais contato com a vida marinha e vemos que estar em terra firme nem sempre é a melhor escolha. É uma vivência simplesmente maravilhosa…

 

Raiateia

Para chegar nessa ilha, foram quase 20 horas velejando. Uau, que experiência! Confesso que foi um pouquinho difícil porque, como esperado, fiquei enjoada. Isso faz parte, ainda mais para marinheira de primeira viagem. Mas nada que um remédio apropriado para enjoo não resolva. Dormi praticamente a noite inteira, enquanto José e Andréia comandavam o veleiro até a ilha. Ao amanhecer, a sensação de olhar para todos os lados e não ver nenhum pedacinho de terra foi maravilhosa! Passamos por locais com mais de 4.000 metros de profundidade, sentimos uma paz sem igual e vemos o quão pequenos somos.

Depois de horas no mar, ancoramos em Raiateia, perto da barreira de corais para planejarmos nosso snorkel. Nadei com tartaruga, delirei com a cor da água mais uma vez, tomei cerveja deitada na rede, meditei, pensei na vida e nas milhões de maneiras de se viver… Me despedi desse paraíso.

Raiteia foi meu último destino; dali, Andréia e José me levaram para terra. A ilha tem aeroporto e de lá voltei para Papeete, no Taiti, para pegar meu voo de volta ao Brasil.

A volta não foi fácil, confesso. Sair de uma experiência dessas de velejar na Polinésia e voltar para a realidade doeu. Não que a realidade seja ruim, mas a vida no mar mexeu muito comigo.

O que eu posso dizer disso tudo é que o Moskito Valiente foi uma experiência absolutamente maravilhosa!!

A vida no mar é uma vida nômade. Hoje você dorme em um lugar, amanhã você pode estar em outro, e assim sucessivamente. Te possibilita viajar e conhecer lugares paradisíacos na sua própria casa.

A vida no mar é desapego. O espaço ali é restrito e você não precisa de roupas formais, de festas, 20 pares de sapato e 1 kg de maquiagem. A vida no mar é leve em todos os sentidos. Menos é mais.

A vida no mar é integração com a natureza, literalmente. Você dorme e acorda no mar, você é parceira do vento, uma vez que ele que te move e leva a outros lugares.

Vida no mar é mudar a relação com o uso da água doce, é economia, é desapego, é racionamento.

Vida no mar é trabalho duro para encher o reservatório de água doce, é vai e vem de bote para buscar mantimentos em terra, é fazer quase tudo com água salgada, é fazer, às vezes, necessidades físicas na água.

Vida no mar é aceitação e paciência, é calmaria e liberdade na maioria dos seus dias.

Em suma, a vida no mar é um tapa na cara para a gente que não está acostumada com isso. Mostra o quanto a vida pode ser mais do que imaginamos, como a nossa bolha é restrita e limitante.

Velejar na Polinésia foi libertador em muitos sentidos, me deu ainda mais vontade de viver mais e melhor. Chega pulsa aqui e é quase incabível!

Deixo minha recomendação dessa experiência de vida. Tenho certeza que uma vivência dessa é algo que não esquecemos. Se tiver a oportunidade, entre em contato com Moskito Valiente, programe uma viagem dos sonhos e vá velejar na Polinésia!

Tenho a certeza que será uma vivência inesquecível!

 

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⇒ Esse post foi patrocinado por meio de uma parceria de concessão de diárias no Moskito Valiente, portanto encontra-se no #publieditorial e está de acordo com as Políticas do Blog.
É importante ressaltar que as informações são relatadas a partir da minha impressão e que tenho total liberdade para escrever a respeito.

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