Quem acompanha o Leve na Viagem sabe do meu amor especial por trilhas e trekkings. Agora, em dezembro de 2020, em parceria com a Nattrip, realizei a Volta da Ilha Grande, um trekking extenso com duração de 7 dias e que percorre praias e cachoeiras ao longo do trajeto. Amante de ecoturismo e turismo de aventura que sou, jamais poderia deixar esse lugar de fora, clássico das travessias de litoral, muito menos em meu amado Rio de Janeiro, né? Então vem comigo porque tem MUITA informação imperdível por aqui 🙂
A volta da Ilha Grande é um trekking que percorre a maior ilha de Angra dos Reis. O roteiro que trago hoje corresponde ao de 7 dias, mas a agência também oferece expedições de 4 e 9 dias. Sendo assim, disponibilizarei informações relacionadas ao trajeto de uma semana, mas no site da Nattrip você encontra informações sobre as três opções.
Lembrando que essas expedições e todo e qualquer roteiro ou passeio com a agência, você garante desconto com o cupom levenaviagem! Só pedir orçamento para eles oferecendo o cupom ou ainda pelo formulário abaixo:
Preciso enfatizar a questão da prática de atividades: é preciso estar familiarizado com exercícios físicos para realizar esse trekking. Não é aconselhável se aventurar sem ter o costume de se exercitar. Apesar de não ser um trekking tão difícil, lembre-se que 7 dias de caminhada exige do corpo e da mente.
Outro aspecto importante a ser evidenciado é o contato com a cultura da comunidade caiçara. Em todas as noites do trekking, o pernoite é feito na casa de povos nativos! Seja em quartos, pousada ou quintal, é uma experiência de contato não somente com a natureza, como também com a cultura local. Essas hospedagens estão inclusas no pacote.
Deixando isso claro, vamos lá?
Para chegar à Ilha Grande, é necessário pegar um barco. O ponto de encontro é na barca de Angra, e a chegada até esse ponto fica todo por conta do viajante. O trajeto pago diz respeito apenas ao trajeto do trekking.
Eis as suas opções de cais:
Saindo de Mangaratiba para Abraão, as barcas saem apenas às 8h da manhã, diariamente. A distância é de 23,5km e demora em média 1h40. Possui capacidade para até 1.000 pessoas. A bagagem de mão é gratuita, mas as demais são tarifadas de acordo com o peso. Essa barca custa R$ 17,50 por pessoa, com direito a 10 unidades de bicicleta grátis por embarcação.
Por ora, esse transporte está suspenso em virtude da COVID-19. É a opção que tem mais disponibilidade, saindo uma a cada 30min, a partir das 8h até as 18h30. É o menor percurso dos três, com 12km de distância para Abraão; dependendo da embarcação, tem 15 a 50min. As escunas e lanchas possuem capacidade para até 60 pessoas. Custa entre R$ 35 e 45.
Essa opção é a mais barata. Custa R$ 17, saindo do Cais da Lapa. Bem como a de Mangaratiba, comporta até 1.000 passageiros, cobra tarifa para bagagem que não seja de mão e autoriza 10 unidades de bicicleta gratuita. Leva entre 1h10 e 1h30. De segunda a sexta, sai às 15h30, e nos finais de semana e feriados, às 13h30
Também existe a opção saindo de Angra dos Reis para Abraão, a partir de Santa Luzia, por meio das empresas AngraFlex, Doce Atitude e Objetiva. Tem uma embarcação a cada 1h, das 7h às 18h30, com lanchas ou barcas que comportam no máximo 120 pessoas. Custam entre R$ 45 e 50. Leva entre 30min a 1h40 para percorrer os 21km de distância.
Para quem quiser, a Civitatis oferece uma trilha curta (12 horas) para quem quer só fazer um passeio geral por Ilha Grande.
No trekking de 7 dias, são realizadas caminhadas diárias e a média é de aproximadamente 14 km percorridos por dia. De fato, é bastante coisa, por isso a questão da preparação física que mencionei. Ao longo do roteiro, não somente são conhecidas mais de 20 praias, como também são vistas as principais vilas de Ilha Grande. O percurso atravessa pedaços da mata atlântica e proporciona contato com as mais diversas formas da natureza: rios, riachos, pedras, mata fechada, subidas, descidas, praias quase desertas. É, sem dúvidas, belíssimo.
As praias preservadas, de águas limpas e bonitas, fazem com que o passeio se torne ainda mais lindo. A visualização de cada local é única e enche os olhos. Com tempo, é possível parar para um mergulho antes de continuar a caminhada.
Não há trechos técnicos ao longo do trekking, a elevação máxima alcançada é de 342m e o percurso todo tem uma média de 70km.
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No primeiro dia percorre-se 9km, num tempo aproximado de 5h, mas isso é bem relativo, pois depende do clima e do ritmo do grupo. A saída é de Vila do Abraão sentido Saco do Céu. É nesse dia em que se visita a Cachoeira da Feiticeira, uma das principais e mais belas de Ilha Grande. O trajeto é tranquilo, apesar de várias subidas e descidas, nada é muito pesado. Passamos a maior parte dentro da mata e alguns trechos por pedras e praias. Começando a trilha no final da manhã, no meio da tarde chega-se ao santuário Saco do Céu, ponto voltado exclusivamente para a preservação ambiental, o que faz do lugar absurdamente lindo, com um mar que espelha as estrelas do céu. Aos pouquinhos, você começa a se distanciar da muvuca central da ilha.
Nesse dia a caminhada segue rumo à Praia do Bananal, passando pela linda e pequena praia do Funil , de água cristalina e que merece seu mergulho! Passamos também por Jarapariz, outra famosa praia de Ilha Grande; além disso, há a visita à Praia de Freguesia de Santana. Muitos momentos de mata e praia e com direito a pôr do sol no povoado da Praia do Bananal. Bem como no primeiro dia, a caminhada do segundo dia percorre 9km, durando em média também 5h.
O terceiro dia do trekking já começa com subidão! Esse dia é, inegavelmente, belíssimo! Isso porque as trilhas passam por matas muito densas e praias de água cristalina. Ponto alto destaco o Sítio Forte e a Lagoa Verde, que é de encher os olhos com tanta beleza e depois de cerca de 12km de caminhada, chegar em um paraíso assim é incrível! São cerca de 15km percorridos numa média de 6h, um dos dias de caminhada mais intensa.
São novamente 9km, mas a dificuldade desses trechos é maior. Isso porque a trilha começa a adentrar a mata, deixando de ser costeira e quando ocorre o desnível que falei ali em cima, de 342m. É um dia que exige bastante do corpo, por isso sugiro que descanse bem na noite anterior! No caminho, a expedição passa pela Vila de Provetá, sendo uma oportunidade boa de breve descanso, alimentação e compra de possíveis suprimentos que tenham acabado.
A subida até a vila é intensa, mas menos do que a subida de Provetá até Aventureiro. A descida íngreme leva a uma das praias mais queridas pelos mochileiros: a Praia do Aventureiro, que se encontra outro postal de Ilha Grande, o famoso coqueiro horizontal. Já situada na parte de mar aberto, o contato com os nativos, com a natureza e com os momentos de conexão por ali começam a ficar mais intensos.
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Eis um dia incrível! De fato, um dos melhores de toda a travessia. Por quê? Bem, é aqui que atravessa-se a praia deserta, um dos trechos mais incríveis da volta da Ilha Grande. A natureza selvagem acima de tudo, intocada pelo homem, faixas de areia branca linda.
Toda a beleza desse trecho se deve ao fato de a área percorrida ser a com maior proteção ambiental de Ilha Grande. Para entrar lá, somente com autorização das entidades ambientais responsáveis. A Nattrip é uma das agências parceiras do INEA, o que garante a entrada de todos os participantes.
Aqui é muito importante redobrar os cuidados com lixo produzido, evitando-os ao máximo, mas coletando-os caso os produza. A caminhada do dia possui 8km de extensão.
No entanto, é importante destacar que essa travessia só é possível quando há condições de atravessar o costão de Aventureiro. No meu caso, choveu muito a noite e no dia da travessia, deixando o trajeto perigoso e, por isso, foi necessário fazê-lo de barco.
Chegando em Parnaioca, seja por qual trajeto for, é hora de se integrar com a natureza local e com Dona Janete, nascida em Parnaioca e uma militante engajada em prol daquele lugar tão espetacular. Explore a natureza local e tenhas bons papos com ela. Tenho certeza que terá bons momentos!
O sexto dia é quando se realiza a caminhada de volta. O retorno a Abraão passa pela Vila de Dois Rios, que conta com uma linda praia, mas também com a incrível prisão de segurança máxima que outrora funcionou e hoje é um local de estudos ambientais da UFRJ. Esse trecho é o mais longo do trekking, uma vez que conta com 17km, mas de caminhada mais fácil. O mais puxado é saindo de Dois Rios, que você precisa enfrentar algumas horas de subida na estrada, para depois começar a descer direto até a Abraão. Quando você chega na Vila, é o momento de sentir toda endorfina e prazer de ter realizado a volta na Ilha! Terão sido 6 dias intensos até ali, mas com certeza, inesquecíveis!
O último dia fecha com chave de ouro: a subida no Pico do Papagaio. É o Pico mais alto da ilha visitável e apesar de uma subida intensa, a vista vale a pena. São 982m de subida que, ao final, são recompensados com uma vista panorâmica maravilhosa do Rio de Janeiro, em especial de Angra dos Reis. Por mais cansativo que seja essa trilha no último dia, é um esforço final que valerá cada suor. Você pode acordar com seu guia para subir à noite e assistir ao nascer do sol já no topo, ou subir no amanhecer já com o sol brilhando.
Vale lembrar que as Praias Lopes Mendes e Cachadaço são visitadas apenas na volta completa de 9 dias, e a partir de um bate e volta da Vila do Abraão, uma vez que as trilhas pelo lado do oceano ainda bem fechadas, dificultando o trajeto por lá.
Ressalto ainda que é importante fazer esse roteiro da Ilha, seja o de meia volta de 4 dias ou inteiro de 7 ou 9 dias, acompanhado de guia especializado. As trilhas não são bem demarcadas, há grande chance de se perder e alguns trechos estão sem manejo. Lembre-se do desconto que consegue com a Nattrip, uma das agências mais especializadas em trilhas no Rio de Janeiro.
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No pacote da Nattrip há uma alimentação inclusa por dia, que geralmente é um almojanta. Você pode fazer seu café da manhã ou então pagar a parte, pois em todo pernoite é isso possível. Assim como o jantar, caso queira. É interessante ter dinheiro em mãos, uma vez que nem todo lugar aceita cartão ou tem sinal para maquininha.
Para fazer o trekking, como sempre falo, é muito importante ter snacks rápidos na mochila. Isso porque eles repõem energia, fornecem minerais e vitaminas essenciais para que o caminho seja feito com maior facilidade (isso com alimentos certos, é claro). Eu falo mais sobre o que levar na mochila de trekking aqui. No site da Nattrip também tem algumas dicas a respeito!
Bom, acredito que, agora, você já sabe o essencial para fazer essa volta! Não esquece do cupom levenaviagem com a Nattrip e vá feliz para ums dos trekkings mais lindos do Brasil!
A Volta da Ilha Grande tem o total de 70km.
Com a Nattrip, é possível fazer entre 7 e 9 dias a volta da Ilha Grande, o que varia é o roteiro.
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