Maior ilha fluviomarítima do mundo, a Marajó não é um destino que vem à cabeça de quem deseja viajar no Brasil, certo? Pois é. Exótico e ainda pouco explorado, é um destino que promete surpreender o turista que ama natureza, assim como me surpreendeu. Ela fica no estado do Pará e está apenas a algumas horas de barco da capital, Belém. Espero plantar a sementinha do desejo aí com esse post com todas as dicas de o que fazer na Ilha do Marajó.
O único meio de chegar à Ilha é indo para Belém, capital do Pará. A partir de lá, você tem três opções para ir a Marajó: barco, balsa ou navio. As embarcações saem Às 9h, de segunda a domingo, e chegam à ilha por volta das 11h. Não existe a opção de comprar pela internet, então aconselho que chegue, pelo menos, uma hora antes para comprar sua passagem. Fim de semana, então, a procura é alta e corre sim o risco de não conseguir passagem na hora desejada.
A melhor e praticamente única maneira é de carro. Por isso, aconselho alugar um em Belém e ir de balsa até lá. Assim, não fica dependendo de moto táxi e táxi para andar de um atrativo a outro. Como as distâncias são longas, nada fica barato.
Não há empresa de aluguel de carro na ilha e nem Uber, ou seja, vá com um para chamar de seu. Além disso, o sinal de internet na Ilha ainda é muito precário, e por isso, ficamos, na maioria das vezes, dependente de wifi.
A melhor época é fora das chuvas, que duram de novembro a março, período que os marajoaras chamam de inverno. E pasmem: a média mínima de temperatura no inverno é de 28º graus Celsius!!! Isso mesmo, produção: a Ilha do Marajó FERVE!!! Então a melhor época é entre abril e outubro.
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Eu sugiro que fique no mínimo 4 ou 5 dias. Eu fiquei 5 e digo que ficaria mais, tanto para repetir lugares quanto para conhecer outros que não tive a oportunidade. É muita coisa linda em um lugar só; a natureza lá brilha, as pessoas são super simpáticas e a comida é uma delícia! Para quem curte natureza e fica satisfeito com lugares que não esbanjam infraestrutura, ali é o paraíso.
Eu aconselho que você fique em Soure, assim estará mais próxima das atrações mais lindas da Ilha. Se ficar em Joanes por exemplo, também terá lugares lindos para conhecer, mas precisará atravessar para Soure mais vezes. Eu fiquei na Pousada Marajoara, no centrinho de Soure. Mas se quiser ver outras opções, dê uma olhada com calma e avalie de acordo com a localização, avaliação dos hóspedes e preço.
Para saber o que conhecer na Ilha do Marajó e organizar os seus dias, é importante que você tenha guia por lá. Além de ficar munida de explicações sobre a história e cultura local, eles poderão te levar na hora certa para os passeios (uma vez que praticamente tudo depende das marés), e irão te ajudar a explorar mais e melhor aquele pedaço de paraíso. São comunidades artesãs, praias de rio, mangues, igarapés, fazendas… Muitas atrações e cada uma delas com sua peculiaridade. Nada melhor do que alguém de lá para te mostrar os detalhes. Eu super recomendo o Jedilson e a Nil, queridos que eu tive a sorte de cruzar por lá e viver momentos únicos. Para os que não vão de carro, Jedilson oferece passeios em que inclui os traslados (dica de ouro!). Anotem os respectivos telefones: 91 983425034 e 91 984139368.
A maior parte da ilha é de fato selva amazônica. Ao todo ela engloba 16 municípios, e os mais conhecidos turisticamente são Salvaterra e Soure. Quando você chega de Belém, o barco ou balsa desembarca em Camará, um distrito de Salvaterra. Ali perto está Joanes, onde você vai precisar parar para conhecer um pouco. Já já detalho o que fazer por lá. Atravessando o rio está Soure, outro lugar com diversas opções maravilhosas. Você pode atravessar de barco ou de balsa, caso esteja com carro.
Nessa região tem algumas praias de rio lindas, como a Praia de Água Boa, a Praia do Cururu e a Praia Grande de Joanes. Aliás, nadar nessa última no pôr dol enquanto a lua nascia foi uma experiência deliciooosa!!
Ali está a Vila histórica de Monsarás, um dos maiores povoados advindos de aldeamento dos índios no Marajó. Você não pode deixar de visitar o local onde antes existia da igreja de pedra e o poço construídos pelos Jesuítas na vila de Monsarás, assim como ouvir algumas das lendas sobre uma imagem que foi doada por um comerciante português; tal imagem se encontra na igreja local dedicada a São Francisco de Assis.
Associação Educativa Rural e Artesanal da Vila de Joanes – AERAJ – local onde é possível ter o contato com a produção artesanal utilizando barro, sucata marinha, cipós e sementes como matéria.
Uma opção que é a cara do Leve na Viagem é a trilha ecológica na UTRAN, empreendimento turístico situado numa área de floresta, de manguezal e muita vegetação. Não consegui fazer, mas deixo aqui a dica para vocês.
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Passeio pelo rio Paracauari, entrando pelo Furo do Miguelão, onde é possível observar a floresta de várzea, de Igapó. Aquela paz que só quem já andou por um igarapé sabe do que estou falando…. É um passeio que dura metade de uma manhã e sai cedo por conta da maré. É interessante para conhecer um pouco a ilha navegando e claro, por conta das belezas que só um igarapé tem.
Visita ao Projeto Mãos Caruanas do Marajó, que integra várias atividades manuais relacionadas com a cultura local visando à sustentabilidade de suas ações, já que associa qualidade dos produtos com proteção ambiental e utilização dos recursos naturais para a preservação.
Visita à Fazenda Bom Jesus, fazenda típica marajoara com vegetação composta por floresta primária e secundária, mangue e área de campo. O turismo se desenvolve paralelamente às atividades rurais da fazenda, como a criação de búfalo, cavalos e extrativismo. Dizem que o pôr do Sol na fazenda é algo impressionante, além de poder observar revoadas de pássaros guarás. Eu acabei não vendo o sol se pôr da fazenda e sim em Soure mesmo, na beira do Rio Paracauari.
Visita à comunidade para vivenciar atividades de turismo de base comunitária, como a extração do turú, um molusco que cresce no interior dos troncos de madeira do mangue e serve de base alimentar aos moradores. O passeio foi feito com o Seu Catita e óbvio que não poderia deixar de experimentar essa iguaria. E você, encararia assim, nu e cru? Hahaha
Perto do local da extração do turú você pode também ir no mangue, na praia de rio e nos igarapés. O passeio de barco com seu Catita passa por alguns desses paraísos.
Um pouco mais pra direita da comunidade, está a pequena vila do pesqueiro, onde é o ponto mais “conhecido” da praia. A paz daquela região é sem igual… Tem barraquinhas com certa infraestrutura e é possível dormir ali. Algumas barracas de praia oferecem hospedagem, mas são beeeem simples. Eu passei uma noite e pude ver o sol nascer na imensidão da praia de rio. Incrível…
Que praia maravilhosa… Uma das mais conhecidas da cidadezinha de Soure, tem uma grande extensão de areia quando a maré está baixa. Aliás, cabe aqui um alerta: há incidência de feridas com arraia de água doce. Elas ficam debaixo da areia quando a maré está baixa e a orientação é que evite o banho nessa hora ou vá atento arrastando o pé na areia. A praia tem árvores de mangue na areia e forma um visual nada usual. Tem uma infraestrutura de bar e comida regional e é linda, linda, linda.
Um lugar maravilhoso que precisei, inclusive, me hospedar para aproveitar tanta beleza. Faz jus ao nome e não tenho nem palavras para descrever tamanha surpresa que tive quando olhei pela primeira vez esse paraíso. Está na comunidade do Céu, pequena e à beira d’água, com um restaurante na beira da praia de rio que você custa a acreditar que não é mar.
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Ao lado tem um quartinho incrível para receber turistas. Foi paixão a primeira vista e tive, inclusive, que estender minha estadia na ilha para passar uma noite ali. Tomei banho no rio na lua cheia, dormi ouvindo o “mar” e acordei no paraíso.. Quase ninguém conhece esse cantinho. Se quiser saber mais, pode entrar em contato com Teófilo ou Francisco, nos emails ampoc@bol.com.br ou francisconeves.ceu@gmail.com
Ao lado da Praia do Céu, outro paraíso escondido e pouco conhecido na Ilha do Marajó. Um rio desce e encontra outro que parece mar, de dimensões incríveis e belezas únicas, mesmo em um final de semana de feriado não tinha quase ninguém ali. Olhar para a natureza local e ver que grande parte do verde ali é selva amazônica arrepia, simplesmente.
E aí, o que achou das belezas naturais dessa Ilha no Pará? Explore mais o Brasil, nosso país tem lugares maravilhosos escondidos por aí!!!
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Veja os comentários
Luisa, muitos parabéns, adorei este post; e as fotos do Tiago estão maravilhosas. A ilha do Marajó foi para mim uma das grandes surpresas dos últimos tempos, e está muito bem retratada aqui. É um destino fantástico!
Grande abraço e continuação de boas viagens!
Que ótimo receber sua mensagem Filipe!! Fico muito grata :)
"As fotos do Thiago estão maravilhosas"...e quem estava lembrando do Thiago nestas fotos? Imagens maravilhosas, bela postagem pena que a região é muito isolada e demanda tempo de sobra.
Ótima matéria, Luisa, bem completa!
Obrigada Rodrigo!
A ILHA DE MARAJÓ
Nessa pátria dos búfalos
Florida de rubro do guará,
Abraçada por rio e por mar,
Degusta o saboroso tacacá
Ao som do balé da pororoca,
No ritmo do carimbó do Pará.
Autor: Sebastião Santos Silva da Bahia
Luiza você me convenceu, as fotos estão lindas e a matéria excelente, pós pandemia é fazer as malas rumo a ilha de Marajó.
Forte abraço
Que coisa boa ler isso! Marajó fica na memória viu!!
Oi Luísa. Descrição perfeita acompanhada de fotos de invulgar beleza. Eu já fui no Marajó duas vezes e sempre que eu tiver de ir tratar de negócio a Belém com certeza que irei passar três dias à ilha. Fiquei no Hotel Marajó que fica em Soure e fui tratado também principescamente pelo pessoal. Como escreveu Carlos Drummond de Andrade "o Marajó é fácil de gostar, difícil de descrever"
Muito obrigada Luiza!
Sua descrição é fantástica. Nunca encontrei nada tão didático.
Sonho em conhecer a Ilha de Marajó.
Ah que bom!!! Brigada!
Parabéns pelo post! Irei daqui a 2 semanas para Marajó e foi mt útil!
@viajandoparabuscar