O trekking do Monte Roraima é uma das experiências de montanha mais incríveis e importantes que pode-se ter na América do Sul. O lugar representa um dos poucos no planeta em que quase não há intervenção humana, tudo em um meio natural de beleza exuberante e impressionante.
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O Monte Roraima, também chamado também de Tepui Roraima, em seu ponto mais alto atinge os 2.723 metros de altura e o topo tem aproximadamente 34 km quadrados. Ele está ao sul do Rio Orinoco, na região da Guiana, no altiplano conhecido como Gran Sabana.
Onde fica o Monte Roraima
O Monte Roraima está na tríplice fronteira entre Brasil, Guiana e Venezuela, respectivamente em 5%, 10% e 85% de seus territórios. Tem uma das formações rochosas mais antigas do mundo, da época em que a África e a América do Sul ainda eram presos em um único continente, ou seja, há cerca de 250 milhões de anos! Monte Roraima é o tepui (montanhas com essa formação rochosa específica) mais alto dos 20 tepuis que existem dentro do Parque Nacional Canaima. No topo, é possível encontrar espécies de plantas e animais únicos no mundo e um cenário absolutamente singular.
Por conta das chuvas constantes, no cume do Roraima diversas cachoeiras se formam e não são permanentes. Isso se deve também às nascentes que estão lá, dos rios Arabopó, Contíngo e Waruma-Paikwa, que alimentam os rios Orinoco, Essequibo e Amazonas. Resumindo, a força desse lugar é de uma magia impossível de ser explicada!!!
Como chegar ao Monte Roraima
Existe mais de uma forma de ir para o Monte Roraima, mas para nós, brasileiros, a mais fácil é indo pela Venezuela a partir de Boa Vista. Pega-se um voo até a capital de Roraima e, de lá, um traslado até Pacaraima, a 2h30 dali.
Chegando em Pacaraima, é só atravessar a fronteira e seguir para o Parque Nacional Monte Roraima. Você pode fazer com agência brasileira, que parte de Boa Vista com o grupo ou com empresa venezuelana, que te encontra em Santa Helena de Uairén, cidade da Venezuela que faz fronteira com o Brasil.
Eu escolhi essa segunda opção e fui com a @exploratepuy já três vezes! Sim, subi essa imponente montanha 3 vezes por amor e paixão. A primeira no Natal de 2018, a segunda, em uma Expedição com seguidores do Leve na Viagem em janeiro de 2020 e a terceira numa outra expedição com seguidores em novembro de 2022.
Por que escolhi a Explora Tepuy
⇒ Primeiro: a viagem com agências da Venezuela saem muito mais em conta do que com as brasileiras;
⇒ Segundo: conversei por mais de ano com o Heber Herrera, guia e dono da empresa, até de fato conseguir agendar minha ida. Ele sempre foi absolutamente atencioso e solícito, passando segurança e conhecimento do que falava. Sabem quantas vezes ele tinha subido o Monte Roraima até a minha primeira ida?? 117 VEZES!!! Fiquei chocada com essa informação, hahaha;
⇒ Terceiro: fomentamos e fortalecemos o turismo e o trabalho na Venezuela. Como sabem, o país passa por um processo político, econômico e social muito vulnerável;
⇒ Quarto: o pacote é super acessível e inclui guiagem, campings, carregadores de barraca e alimentos e toda a sua alimentação ao longo dos 8 dias de trekking do Monte Roraima. Eles ficam responsáveis por montar e desmontar as barracas, assim como cozinhar para o café da manhã, almoço e jantar. Resumindo: vai! Preencha o formulário abaixo que já recebe o orçamento direto da Explora Tepuy.
Fale direto com eles!!
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O que está incluso no pacote da Explora Tepuy
- Traslado de Boa Vista à Santa Helena, ida e volta;
- Hospedagem de ida em Santa Helena;
- 4×4 de Santa Helena a Paraitepuy, ida e volta;
- Guias certificados;
- Barracas para 2 pessoas ou individuais;
- Refeições completas nos 8 dias feita por cozinheiro que acompanha o trekking;
- Banheiro ecológico;
- Carregadores de barracas, alimentos e banheiro;
- Kit de primeiros socorros e socorrista.
A agência também disponibiliza um carregador individual de mochila cargueira, que custa R$ 100 por dia (preço de novembro de 2022).
Documentos para entrar na Venezuela
Para passar na imigração da fronteira venezuelana, os brasileiros precisam apresentar obrigatoriamente os seguintes documentos:
- Passaporte ou CNH brasileira;
- Comprovante Internacional de Vacinação da Febre Amarela;
- Comprovante de Vacinação de COVID-19 em espanhol;
- Seguro viagem para América do Sul.
Como é o trekking do Monte Roraima
Questões práticas do trekking para você que está pensando subir os 2.800 metros de altitude dessa majestosa montanha:
- Não é possível fazer o trekking sem guia ou agência, ou seja, por conta própria. Eu fiz com a empresa venezuelana @exploratepuy, indicação de um seguidor do @levenaviagem.
- A Explora Tepuy te orienta nas escolhas dos hotéis em Boa Vista, indica pessoas para fazerem o translado de Boa Vista até Pacaraima e te encontra em Santa Helena, cidade fronteiriça já na Venezuela. A partir dali, o carro 4×4 se encarrega de levar você até a entrada do Parque Nacional do Monte Roraima, na comunidade de Paratepui, onde uma experiência mágica está prestes a acontecer.
Monte Roraima em 8 dias de trekking
- 1º dia: 14km (portal do Parque Nacional Monte Roraima até o Rio Tek);
- 2º dia: 10km (subida até a base do Monte Roraima);
- 3º dia: 6km (dia de subida da montanha);
- 4º dia: 12km (caminhada exploratória no topo do Monte);
- 5º dia: 14km (trilha até o próximo acampamento);
- 6º dia: 12km (retorno pelo cume);
- 7º dia: 18km (trekking de descida);
- 8º dia: 12km (volta à entrada do Parque e encerramento do trekking do Monte Roraima).
Não deixe de ler o post: QUAL BOTA DE TRILHA COMPRAR PARA SUAS VIAGENS
Primeiro dia no trekking do Monte Roraima
Na entrada do parque, é hora de colocar as mochilas, guardar o sanduíche que a @exploratepuy entrega para seu almoço, dar entrada no livro de controle do INPARQUES e pronto. O horário máximo de saída para as trilhas é às 14h.
Quando começa a trilha, a adrenalina está a mil e você mal sabe o que ainda está por vir. Os primeiros dois dias de trekking são para chegar até o acampamento base do Monte Roraima. O primeiro dia, por incrível que pareça, é mais descida do que subida. São 14 km percorridos em terreno arenoso e a céu aberto, savanas, alguns bosques e sempre olhando à sua frente a imponente montanha. Nesse dia tem um dos mirantes mais lindos de todo o trajeto. É possível encher seu cantil de água em alguns pontos e é recomendável o uso de repelentes: os mosquitos conhecidos como puri puri atacam! Depois de cerca de 4 horas, você chega no acampamento do Rio Tek, com uma vista incrível do Monte e do Kukenan, outro tepuy montanha com esse formato:
Ao lado do camping tem o Rio Tek, para tomar banho, e o jantar é servido na área das barracas da @exploratepuy. Primeiro dia cumprido, é dormir cedo, pois o segundo dia começa por volta das 6 horas da manhã.
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Segundo dia no trekking do Monte Roraima
Dia de subida em solo arenoso e algumas partes de pedra e lama, dependendo se teve chuva ou não. Se o tempo estiver aberto, o sol castiga. A subida tem 10 km e demora cerca de 5 horas e para mim, é um dos dias mais difíceis. No meio do caminho, tem uma cachoeira incrível que o Heber da @exploratepuy levou o grupo na segunda vez que fui! Paisagens lindíssimas, Monte mais próximo e o acampamento base é, literalmente, no pé da montanha. Ao lado também tem um riacho para tomar banho, e quem tem a caminhada mais rápida, como a do meu grupo, consegue ter a tarde livre pra descansar e aproveitar o local. Ali o frio já começa, pois, além de estar mais alto, está perto da área conhecida como Fábrica de Nuvens, com ventos mais fortes.
Terceiro dia no trekking do Monte Roraima
É o dia propriamente da subida da montanha. São 6 km de subida em terrenos diversos, desde solo arenoso, lamacento, mata fechada, escalaminhada, pedras, cachoeira. Trechos bastante íngremes, mas em poucos momentos estamos expostos a abismos. Passamos pelo Paso das Lágrimas, um local um pouco perigoso por conta dos cascalhos e pedras soltas que ficam embaixo de uma cachoeira semipermanente. A parte final da subida é longa e como a perna já mostra cansaço, é uma parte um pouco demorada.
O dia é intenso e bem cansativo, mas também é um dos mais emocionantes! Ao chegar ao topo, você ainda precisa caminhar até o seu acampamento, que são chamados de hotéis. Eu fiquei no Hotel São Francisco, dentro de uma caverna. Nesse dia ainda caminhamos por algumas atrações do topo do Monte. Fomos até a famosa jacuzzi, que é realmente de uma beleza única… Na segunda ida, fiquei no acampamento Guacharo, ele fica perto da borda do Monte virado para o caminho que fizemos para subir até lá em cima. Também é uma caverna, bem maior do que o São Francisco.
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Quarto dia do trekking
É caminhada de 12 km até o próximo acampamento do topo: Quati. Esse hotel já está na parte brasileira do Monte Roraima. O trajeto lá em cima já muda bastante e é feito praticamente o tempo inteiro em cima de pedras. Visuais antes nunca vistos e passagem pela tríplice fronteira, ponto de referência no topo. O Quati também está dentro de uma caverna e é deslumbrante! Ao lado, tem um riacho em que é possível se banhar, e tem também um mirante lindíssimo da selva amazônica. Se o tempo estiver aberto, é possível ver um nascer do sol INESQUECÍVEL!
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Quinto dia no trekking do Monte Roraima
Mais um dia de caminhada no topo e o roteiro é Proa, Lago Gladys e alguns mirantes incríveis no trajeto. Nesse dia não mudamos de acampamento e podemos sair com uma mochilinha de ataque. Se o seu mochilão não tem aquela tampa que sai e vira uma pequenininha, considere levar uma de 8L no máximo, até aquelas da Quechua pequenininhas servem.
Na primeira vez que fui, por conta do tempo que fechou abruptamente (montanha tem disso, seus famosos microclimas) não conseguimos chegar até a atração final que seria a Proa. O trajeto completo tem cerca de 14 km; como o tempo não ajudou, andamos cerca de 10 km.
Já na segunda ida, o tempo colaborou de uma forma quase que indescritível, e o que vi ali ficará pro resto da vida!!! Vejam as fotos abaixo!
Sexto dia de trekking
É o retorno do acampamento do Quati até o outro “hotel” que você se hospedará, podendo ser o que ficou antes ou outro caso esteja cheio. Na primeira vez eu voltei para o São Francisco, já na segunda, eu conheci um chamado Sucre. Passamos por trajetos conhecidos mas também por áreas novas como o incrível El Fosso. No meio das pedras do topo do Monte Roraima um fosso com uma cachoeira e de formação rochosa belíssima, nos chama para um mergulho.
É preciso coragem, pois o frio é grande e a água congelante!!! Se tiver cheio por conta das chuvas, é possível pular, caso contrário, é necessário fazer uma trilha até a parte debaixo. Vejam a diferença do El Fosso na primeira vez com chuva, e na segunda com sol! Apesar do frio, VALE A PENA!! São mais 12 km de volta, cerca de 6 horas de caminhada. Como o final do trekking está chegando, o cansaço já começa a pesar.
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Sétimo dia no trekking do Monte Roraima
O dia da descida, chega, então, o dia da partida do topo. Por conta das descidas íngremes, da quilometragem longa e do próprio cansaço, é um dia difícil. São 16 km até o acampamento do Rio Tek, mas para mim foram 18 km. Parte do grupo tentou conhecer a famosa La Ventana, que da primeira vez, infelizmente, não foi possível ver por conta das nuvens. Mas já na segunda… U A U!!!
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Oitavo dia no trekking do Monte Roraima
A despedida e os últimos passos do trekking do Monte Roraima. Saímos cedo do acampamento Rio Tek e partimos para os 12 km de volta até a entrada do Parque. A cada passo dado, mais longe fica da montanha que subiu. A chegada é algo indizível. Adrenalina, cansaço extremo, dores no corpo, felicidade que não cabe no peito.
Nos despedimos do Monte e partimos de volta à civilização, depois de 8 dias desconectados do mundo e em uma conexão extrema com a gente mesma, com a natureza, com os parceiros de viagem, com a montanha. Paramos para um almoço em uma comunidade indígena(incluso no pacote) e seguimos viagem de volta até Santa Helena, chegando por volta das 14h da tarde.
Você pode voltar direto para Boa Vista ou passar a noite na cidade para descansar pós trekking.
Quando ir ao Monte Roraima
Não há uma época ideal para ir, podendo ser visitado em qualquer momento do ano, com cada época tendo suas vantagens. No entanto, é importante ressaltar que o topo da montanha possui um microclima único e específico. É praticamente certo pegar alguma chuva, além de com certeza fazer bastante frio, mesmo no verão. Aliás, o verão e o inverno do Monte Roraima acompanham o da Amazônia.
Entre maio e setembro é o período da chuva. Isso faz com que o topo seja mais frio e úmido, mas formam-se cachoeiras incríveis ao longo de toda a montanha. Na época da seca, que corresponde ao verão local, entre outubro e março, há menos queda d’água, mas também uma maior possibilidade de tempo aberto no topo do Monte. Fui em dezembro e peguei chuva, calor, queda d’água… Não há como prever ao certo clima em montanhas.
Como se preparar para 8 dias de trekking do Monte Roraima
O trekking do Monte Roraima não é nível fácil, obviamente. 8 dias de trilha não são para qualquer um, mas também está longe de ser impossível. A preparação para uma aventura é feita pela prática de trilha e manutenção de atividade física antes da viagem. Conhecer os próprios limites, ter experiências na natureza, sapatos adequados, equipamentos também e, acima de tudo, coragem para aceitar o desafio.
Mesmo eu, que tenho prática em trilhas, anos de imersão na natureza e pratico com frequência atividade física, precisei me preparar. Afinal, andar 100 km em 8 dias e chegando a quase 2.800m de altitude não é pouca coisa.
Depois de anos praticando esse esporte, compilei as melhores dicas de equipamentos, preparação psicológica, nutricional e física, junto com profissionais especializados no Curso de Preparação para trekking, da teoria à prática!É o conteúdo ideal para iniciar uma trajetória transformadora no mundo do trekking aliando técnica e segurança para desafiar medos!
Trekkings de preparação
Em 1 ano eu fiz 3 trekkings que foram importantíssimos pra eu me sentir mais segura para completar o Monte Roraima:
– Torres del Paine na Patagônia chilena em dezembro de 2017. Foram 3 dias e cerca de 40 km percorridos.
– Serra dos Órgãos em setembro de 2018, travessia de 3 dias entre Petrópolis e Teresópolis, no Rio de Janeiro.
– Pico Paraná, Curitiba, em novembro de 2018. Trilha de 2 dias que requer técnica e foi a mais difícil que já fiz até hoje.
Em todas elas eu carreguei meu mochilão de 72 L com tudo o que precisava. Isso era o que mais me causava insegurança, pois achava que seria muito difícil levar tantos quilos nas costas.
Mas hoje sei que, depois que entra no ritmo e entende como adequá-la ao seu corpo da melhor maneira, vê que não é tão complicado assim. Exige mais fisicamente, óbvio, mas te dá um empoderamento e uma independência sem igual.
O que levar na Mochila do Monte Roraima
Eu já fiz um post sobre o que levar na mochila de trekking, e também falando sobre equipamentos de trekking que são essenciais. Apesar disso, vou listar algumas coisas indispensáveis pra quem ainda não entende muito do assunto:
- snacks;
- água;
- protetor solar;
- lanterna de cabeça;
- boné/chapéu;
- óculos de sol;
- kit de primeiros socorros;
- lenços umedecidos, pois nem sempre dá para tomar banho;
- power bank potente para não ficar sem fotos, pois não há nenhum ponto de energia no local;
Quais roupas levar para o Monte Roraima
- calça térmica: as calças segunda pele são adequadas para manter a temperatura corporal. Indico a Warm Tight, da The North Face, que, além de ajudar a aquecer, tem a tecnologia FlashDry, que permite a evaporação do suor com facilidade.
- 1 top
- blusa térmica: a blusa segunda pele da The North Face, também da linha Warm, segue o mesmo padrão de confecção e é excelente para o Monte Roraima.
- Meias: a meia Hike Light Crew é perfeita para trilhas longas: seca rápido por ser de lã, costuras baixas e um arco de compressão em volta do pé, que dá suporte e conforto.
- Roupa extra para dormir
- 1 anorak: a Jaqueta Arrowood Triclimate é perfeita: é impermeável, corta vento e, por dentro, é fleece, ou seja, protege e esquenta ao mesmo tempo.
- Havaiana
- Bota: a Hedgehog Mid Futurelight foi feita especialmente para montanhas, pensando em terrenos irregulares, e conta com impermeabilidade.
- Gorro: não há muito critério, então escolha o que achar mais interessante no site da The North Face.
- Luva: a luva Apex+ é muito boa para a ocasião por não proteger dos ventos e proporcionar uma leve aquecida.
- Saco estanque.
- Sacos ou zip lock para evitar que as roupas fiquem molhadas.
Lembrando da dica de ouro: tudo o que você leva na mochila é peso, por isso, otimize o que é de fato indispensável! Se não, você mesmo quem terá que arcar com as consequências de carregar uma bagagem pesada.
E lembre-se que você garante 10% off em TUDO da The North Face com o cupom levenaviagem!
O trekking do Monte Roraima é uma experiência única, é superação, é encantamento, é beleza que parece de outro planeta.
Diferentemente de tudo o que estamos acostumados a ver, mostra que o mundo é muito além do que imaginamos.
29 comentários em “Trekking do Monte Roraima, um dos mais incríveis da América do Sul”
Nossa, que relato bacana!
Já ouvi falar do lugar, mas esse seu relato só aumentou a vontade de ir lá conhecer.
Obrigado!
Que bom ler isso Guilherme, obrigada!!
Luiza, o que mais adorei foi tu ter contrato uma agência venezuelana. Tô pensando em fazer essa trilha nos meus 30 anos, lá em 2021. Acredito que até lá eu consiga me preparar. Sobre a agência venezuelana, irei anotar essa, porque pelo seu relato parece ter sido super segura. Grata pelo teu lindo relato, inspirador para mim.
Oi Priscila! Que bom ler sua mensagem! E sim, pode ir tranquila com eles, são uns queridos!
Aliás, estou indo novamente daqui uma semana, acredita? Tem gente indo comigo pela primeira vez fazendo trekking. O preparo tá muito mais na cabeça no que no físico!
Quando for, diga que foi pelo Leve na Viagem, é uma ajuda no reconheicmento do trabalho. Obrigada!!
Luisa, ótimo relato da viagem. Vou pra lá em março e estou com dúvida quanto a logística para chegar em santa elena. Você pegou taxi em Boa Vista até Santa Elena? Ou os taxis só vão até a fronteira e vc tem que pegar outro lá pra ir a Santa Elena? Vc passou a noite em qual hotel/pousada? Vc precisou trocar dinheiro? Se sim, onde fez a troca? E depois na volta como fez pra chegar em Boa Vista? Desde já agradeço a atenção!!
Oiee! Você vai de taxi a partir de Boa Vista ate Pacaraima. A divisa entre Pacaraima e Santa Helena é literalmente uma rua, ou seja, vc atravessa rsrs
Na volta, a mesma coisa. Tem um ponto de taxi em Pacaraima que você pega para voltar até Boa Vista. Vai com o Heber da Explora Tepuy?!
Foi tranquilo cruzar a fronteira com a Venezuela? Os mochileiros e agências não estão enfrentando problemas com isso? De alguma forma, a situação no país venezuelano afeta o trekking? Monte Roraima é meu sonho de consumo!
Aline, a situação da fronteira é muito variável e fica difícil te falar a respeito. As duas vezes que fui foi tranquilo, e não temos como controlar. Se por acaso tiver manifestação e fechar, as datas de trekking precisam ser reajustada
Que lugar lindo, que aventura, parabéns Luisa!
Demais né Jean? Obrigada!
Luisa, estamos pretendendo fazer o trekking em dezembro ou janeiro de 2021 se a pandemia deixar… O seu relato nos deixou animados! Apenas uma indagação: há necessidade de fazer câmbio em algum momento?
Que bom saber que animou Alexandre!! Não deixe de falar com a @exploratepuy! Sobre o câmbio, vc não precuisa trocar dinheiro em nenhum momento se for direto de Boa Vista para o Monte. Só se dormir em Santa Helena, na fronteira pelo lado da Venezuela que vc precisa trocar. E ali na travessia mesmo vc consegue, é bem simples e fácil.
Luisa, quanto fica essa aventura? Pretendo ir em 2021 segundo semestre!
Oi Edilson! Eu indico a Explora Tepuy, tem que verificar o orçamento com eles, pode fazer direto pelo formulário que disponibilizo por aqui! Farei uma expedição no primeiro semestre de 2021, se animar, fique de olho no instagram e na pagina das expedições aqui no blog!
Luiza boa tarde!
Amo sua pagina!
já perdi a conta de quantas vezes entrei para ver sua aventura Monte Roraima, rs
Você pode me passar o modelo d sua cargueira que usou neste trekking?
Olá Luisa! Amo sua pagina, já perdi as contas de quantas vezes vim aqui ler e ver este Monte Roraima, rs.
Quero muito fazer ele em 2021, qual cargueira vc usou para este trekking?
bjs
Oi Vanessa! hahaha que maravilha! Realmente é uma experiência e tanto! Eu to aguardando abrirem a fronteira pra lançar a data da expedição! Não quer ir comigo nessa?! 🙂 Usei uma cargueira de 70L!
Olá Luísa, beleza?
Muito útil compartilhar tua experiência!
Só me responde uma pergunta: como o botijão de gás (de 13kg) chegou até lá??!
Oi Diogo! hahaha ótima pergunta. O pessoal do Eplora Tepuy leva nas costas, acredita nisso? Eles são um fenômeno!!
Nossa, já fui duas vezes e uma delas com o Heber, realmente é muito gente boa e profissional.
A proposito, tuas fotos estão espetaculares, parabéns!!!
Estou programando uma terceira ida e vou indicar teus relatos para os marinheiros de primeira viagem que vou levar.
Um abraço.
Que irado Bruno!! Tbm fui duas e vezes e tbm irei a terceira ! kkkk como pode né? Farei uma expedição pra la, e com o Heber, agora em 2021, se quiser se juntar a nós, sera muito bem vindo!
Oi Luisa!
amei seu relato, estou indo em abril, pretendo carregar somente minha mochila de ataque.
fico com duvida sobre as calças, pode ser legguing?
Que bom que curtiu Michele, pode sim! 🙂
Olá, Vanessa! Sou Eduardo Luís de Curitiba. Essa é uma pergunta muito frequente e a mais importante para uma trilha longa. A Luiza, por questões de marcas q ela representa, não pode te informar a marca da mochila que ela utilizou mas, se vc quiser uma mochila confortável, a melhor é DEUTER, modelo FUTURA VARIO. Essa mochila tem a melhor BARRIGUEIRA e COSTADO que são os quesitos mais importantes em uma mochila. Espero ter ajudado a todos.
Oi Eduardo! Na época não utilizei a Deuter, mas sei da qualidade que a marca representa e sou, inclusive, parceira dela também. Sem dúvida o investimento em uma cargueira Deuter é para a vida e para o bem-estar ao longo de trekkings. Já usei a Futura Vario e sei que, de fato, é excelente. Obrigada pela contribuição!
Olá? Aos 72 anos eu aguentaria a subida?
Olá Isa. Olha, infelizmente não consigo te dizer isso… mas que tem alguns aventureiros acima dos 65 lá tem. Tudo depende do preparo, do acompanhamento profissional…
Muito bacana, eu quero conhecer
Fiz o CIRCUITO MÁGICO MAKUNAIMA de 11 dias em dez/jan 2013/2014.
Escolhi este roteiro pois é o único que engloba todos os pontos de interesse no topo.
Pois, é um negócio de arruma, desarruma e arruma a mochila no dia seguinte que fica um saco quando é poucos dias. rsrsrsr
É uma região com clima instável. Calor, chuva e frio.Os trechos são feitos sempre de dia, em áreas bem abertas e descampadas, só no dia da subida que é pelo mato e depois por pedras soltas, exigindo muita atenção e no topo é aberta e plano com alguns poucos trechos desafiadores. Essencial uma boa bota de caminhada em boa condição e amaciada, de preferência impermeável devido a trechos molhados e ajuda muito bastões de caminhada. Trekking Poles.
Se o tempo no topo estiver ruim, será bem decepcionante, após andar muito e não ver nada da Pedra Maverick, Mirante La Ventana e o Lago Gladys, como aconteceu comigo. Pode acontecer.
A altitude não ultrapassa os 2.700 msnm.
No caminho há fontes de água e pergunte ao guia se a água é para beber.
Lembro que não há conforto e não ficarão 100% secos, 100% limpos, 100% aquecidos,com higiene 100 % e com alimentação 100%.
Será inevitável não ficar com as roupas sujas de poeira, suadas, fedidas e por vezes molhadas até se trocarem dentro da barraca.
O condicionamento físico mínimo é importante, mas o mental é mais importante pelas dificuldades facilmente superáveis.
Terão que desapegar da caminha quente, cobertor, banho quente, comida bem elaborada,…
Eles tem um carregador só para trazer o lixo de volta. E como sempre, haverá a propina(gorjeta em dinheiro) para a equipe no final.
O mais chato foram o pessoal. Parte do grupo não estava preparado para esta aventura. Achando que era um “passeio.”
E cair e se ralar será inevitável.
O que levar -squeezes ou cantis para somar 2 litros no mínimo. 1 mochila pequena com capa de chuva para ela ( para lanchinho, água, capa de chuva, máquina fotográfica,… ) na caminhada e uma mala não rígida( cargueira ou duffel tipo marinheiro)para um carregador contratado levar. Se quiser. Claro. Esta maior é para as demais roupas e acessórios, saco de dormir, isolante térmico, estojo de higiene e de primeiros socorros , tênis de trilha para o caso da bota arrebentar ou outra bota extra, chinelo ou papeete, este bem melhor para quando tirar a bota, roupas para calor ( camisas dry fit são melhores que algodão), roupa para frio e casaco impermeável c/ capuz ( capa de chuva ou anorak que é melhor, fleece, gorro, luvas e cachecol de lã é o melhor, meias para frio, de merino melhores) e calça adequada para a atividade ( não recomendo legging e nem jeans) e bermuda e roupas para banho e para dormir, calcule a quantidade de acordo com os dias.
As outras roupas podem ser deixadas no hotel de Boa Vista para pegar na volta.
Poderão alugar com a agência saco de dormir e isolante térmico que usa-se embaixo do saco de dormir. Eu levei uma manta, aquelas que “dão” em voos, valeu muito a pena.
Os acampamentos são no geral bem abrigados do vento e chuva, mas depende do “hotel”, é assim que eles o chamam, e da quantidade de gente ali e acordo entre os guias de outros grupos.Pode acontecer de as barracas ficarem num lugar ruim e em terreno pouco inclinado.
Não esqueça de boné ou chapéu, protetor labial para frio e calor, repelente contra borrachudos próximos dos rios e acampamentos, estão sempre famintos, já no topo, não há estes vampirinhos. Recomendo o Exposis Extrême 100 ml e tem também o Citroilha.
E toalhas, nestes casos é melhor aquelas de secagem rápida.
O que incluir de acessórios na mochila – 2 lanternas boas (se tiver aquelas para cabeça é melhor), pilhas extras para as lanternas, sacos plásticos resistentes tipo os usado para gelo, são para envolver as roupas, adaptador universal de tomada (na Venezuela é diferente) caso fiquem em hospedagem antes do trekking, dinheiro vivo para cambiar na Venezuela se precisar, uns R$ 200,00, fora o dinheiro para contratar um índio carregador. Recomendo levar pílulas ou solução de Hipoclorito de Sódio (NaClO) e siga as recomendações para purificar a água lá de cima. Não essencial, mas facilita muito para organizar as coisas no chão ou até para sentar, uma lona ou plástico resistente de 1,5 mt2 , uma corda de varal de uns 2mts também para secar roupa.
A logística de banho – É proibido usar sabonetes e shampoo comuns, só neutros e biodegradáveis; A água é de fria para muito fria, mas não congelante, são em lugares rasos e de água corrente, e em áreas abertas e exposto ao vento, pouco distante dos acampamentos, recomendo levar uma caneca grande de plástico, para ajudar no banho.
Necessidades fisiológicas – 1 rolo de papel higiênico ou aqueles lenços umedecidos -2 pacotes e jogá-los após o uso dentro de um saquinho sempre. Portanto, levar bastante saquinhos. Costuma ter esquema de um banheiro organizado e interessante, mas algumas vezes o mato poderá será preciso, um frasco de álcool GEL pode ser útil, no pós- higiene.
O que levar de adicional para comer- frutas como banana ou maçã, na trilha guias fornecem frutas. E doce, também recomendo uvas passas, castanhas, biscoitos integrais. Um multivitamínico é bom para tomar 1 comp. p/ dia. A refeição que eles oferecem – Preparado pelos índios e sem muita higiene, mas sempre quente, sem verduras e com fruta enlatada, muito carboidrato e bem constipante, fonte de proteínas: ovo mexido e carne moída, frango desfiado, geralmente de produtos enlatados acompanhado de suco artificial e muito achocolatado quente. Fornecem utensílios para comer e beber, prato, talheres e copo.
IMPORTANTE: Comunicação em caso de alguma eventualidade – Guias têm rádio por satélite que restringem muito o seu uso devido as baterias, há 2 situações possíveis para seu uso: 1º – desistência por estar passando mal ou não aguentar mais o perrengue e quer voltar. 2º – uma urgência médica ou emergência médica, então eles chamam um helicóptero sem paramédicos, que é pago pela pessoa uns US 2.000,00 e se for por “PiTi”, é uns US 4.000,00, isto em valores de anos atrás.
Seria um péssimo lugar para entorses, luxações, fraturas, cólica renal, cólica biliar e apendicite,dor de dente, não ?Medicamentos de emergência – mas leve um kit pessoal com antiespasmódico, relaxante muscular com antiinflamatório, antiemético, antipirético, antialérgico, Antiácido, pacotinho de soro de rehidratação, spray de mel c/própolis e gengibre e pastilhas para garganta, spray ou creme de antiinflamatório tópico, creme de antibiótico e corticóide tópico, band-aid e merthiolate. Pinça para tirar espinhos, cotonete, frasquinho de SF 0,9% NaCl, gazes , luva de procedimento.
Observei que os casos mais comuns foram bolhas no pé ( EVITE ANDAR COM O PÉ MOLHADO), diarréia, vômitos e dor na garganta.Mas,dor muscular pode ocorrer. Recomendo que tome um relaxante muscular associado a antiinflamatório antes e após as longas caminhadas. E após a viagem tomem um remédio para vermes.
Obviamente não tem como recarregar máquina fotográfica ou celulares na trilha. Então não esqueça de carregar no hotel e um pouco na portaria do parque em Paraitepuy. Uma dica : pilhas e baterias DESCARREGAM muito rápido no frio. Envolva-os com roupas e mantenham sempre desligados. Então, leve se possível, um Power bank charge.
Uma possível dificuldade ainda embaixo é atravessar o rio Kukenan, onde se acampa bem próximo e tem borrachudos, e se o rio estiver cheio é uma aventura atravessá-lo, mas os guias são muito experientes. Não haverá problemas. Em outros locais, dá para se banhar nas margens.
A travessia no rio é caminhando dentro da água em que nível? Sim, é dentro do rio sobre pedras escorregadias submersas e na cheia, com correnteza leve. Há sempre guias ajudando e são muuuuito pacientes e recomendam usar somente meias para atravessar o trecho de de 30 mts para melhor aderência.Na ida o nível estava baixo( batia na minha canela inferior) e na volta estava alto( no meio da minha coxa ), acredito que baterá no seu caso, na cintura, no caso de cheia.Não é difícil, só tem que ter cuidado e ajuda.
Os carregadores que são contratados levam a bagagem na mão ou usam animal de carga? São índios Penon ( homens, mulheres e jovens )que fazem isto há anos e desde pequeno, carregando mandiocas. Não usam animais, pois é proibido no parque. Usam uma mochila rústica feita de fibras e galhos muito resistente, mas desconfortável. É impressionante a capacidade deles de carregar peso e ritmo de caminhada. Pois, são muito baixinhos e mirradinhos,porém muito resistentes.Vale a pena contratá-los, pois é a principal fonte de renda deles e a trilha será muito mais fácil para vocês.
Sobre banheiro, vc falou que tem um esquema legal que entendo ser no acampamento, mas durante a caminhada, como funciona ? O banheiro é próximo do acampamento, isolado e “camuflado”. Usam um banquinho de plástico cortado no meio de forma circular ,como uma privada. Distribuem alguns sacos de lixo pequeno para que encaixe no buraco para defecar dentro em seguida você coloca cal com uma pá dentro e fecha.E deixa no local determinado por eles. A recomendação é que isto é somente para defecar. O xixi deve ser feito no mato. Na caminhada, não tem este esquema.Tem que ser feito no mato ou dentro de um saquinho para depois entregá-lo ao guia. As necessidades são no mato ou em algum saquinho? E esse tipo de resíduo também temos que recolher ou somente o papel usado? Não necessariamente, pois não há uma orientação sobre isto. O papel, sim, tem que recolher. E recomendo fazer as necessidades fora da trilha e caminhos.Mas, cuidado com bichos e urtigas. No manual do montanhista também recomenda-se enterrar os dejetos e nunca, nunca, fazer próximo de fontes de água.
1º- Vocês estão com seus exames de check up em dia ? É um péssimo lugar para ter problemas de saúde, inclusive dentário. Faça exames, no mínimo Teste Ergométrico e avaliação odontológica.
2º – Se tiver idade pouco avançada presumo que possa ter alguma doença crônica, osteomuscular, cardiovascular ou metabólico, portanto não esqueça suas medicações e opinião de seus médicos.
3º – Melhor prepararem-se para esta aventura com ajuda de um Preparador Físico, com exercícios funcionais e até pilates ?
4º – Ajuda se vocês tiverem experiência em hiking, trekking de vários dias ?
5º – Tem roupas e equipamentos apropriados para tal atividade ?
6º – Tenham em mente que não é um simples passeio, exige um mínimo e em alguns poucos trechos máximo de esforço físico, com exposição a frio, calor e chuva, subidas e descidas, pedras e lama.
7º – Tem certeza que sabem o que vão enfrentar ? Algumas pessoas (principalmente mulheres) desistem por desconhecerem e não estarem preparados para esta aventura. E isto atrapalha em muito a logística dos guias e dos outros clientes.
8º – O resgate de helicóptero é cobrado em dólares, muitos dólares, sem profissional de saúde e equipamentos a bordo e dependente do clima para o voo.
9º – Não hesitem de contratar os serviços dos índios Penom para carregar suas mochilas. Leve apenas uma menor, bem leve, com itens mais importantes até chegarem aos acampamentos. Os índios carregadores não caminham com os turistas, disparam na frente. kkkk
10º – Há muitas agências na Venezuela, bem mais barato do que as de Boa Vista, porém com guias brasileiros, sempre dá uma sensação de segurança e a comunicação é bem mais fácil, quando há problemas. Tanto os guias venezuelanos como os brasileiros são bem competentes, pacientes e amigos.
11º – Respeite seus limites físicos e mentais. Saberás do que estou falando.
12º – Respeite a Montanha. Os índios não gostam de gritarias e algazarras.
13° – Extremamente PROIBIDO pegar e levar cristais de lá de cima. E recusem se algum indígena oferecerem. Vocês podem se dar muito mal.
Avaliando estas questões e talvez outras, vá ao Monte Roraima, sim. É maravilhoso e único.