Copacabana é fronteira da Bolívia com Peru e margeia o incrível Lago Titicaca, o lago mais alto do mundo.
Copacabana é uma cidadezinha simples, pacata, rodeada de casas de câmbio, hotéis econômicos, lugares simpáticos para comer, uma vista belíssima do Lago Titicaca e claro, muito, muito turista.
A Plaza 2 de Febrero é o principal ponto de encontro da cidade, e a Avenida 6 de Agosto, a mais movimentada. Descendo a ladeira, essa avenida termina no imenso Lago Titicaca. Se você não é de ficar no tumulto turístico, uma quadra acima, na Avenida Jaregui, você conhecerá melhor o lado local da cidade, já que aqui estão os mercados de rua e as mercearias frequentadas por moradores.
O Lago Titicaca está a mais de 3.800 metros de altitude e é de grande importância para o povo boliviano e peruano, pois foi de suas águas que nasceu a civilização Inca. Por isso, também ao seu redor e em suas ilhas estão diversos sítios arqueológicos.
Ele é abastecido pela água das chuvas e do desgelo da neve que vem das montanhas do altiplano.
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Como Chegar por La Paz
Do terminal de La Paz, algumas cias fazem o trajeto, geralmente às 8h30 e às 14h. Agora, há uma alternativa interessante:
Na avenida principal da entrada da rodoviária de La Paz passam vans com um letreiro escrito: Cemitério. Se você pegar essa van (baratíssima) e descer perto do cemitério onde passam os ônibus pra Copacabana, sua viagem fica muito mais barata. A empresa que faz esse trajeto saindo de lá se chama 2 de Febrero.
O trajeto de ônibus entre La Paz e Copacabana é incrível! Dica: escolha um assento na janela.
Quando você pisa na cidade, logo que o ônibus para, já está rodeado de agências de turismo que organizam passeios para Isla del Sol.
Já fechei meu pacote para o dia seguinte. Veja um que te agrade e, claro, que tenha bom preço. Os roteiros são praticamente os mesmos, não tem erro.
Onde fiquei:
Hotel Wendy Mar – Avenida 16 de Julio Sin Numero, 9999
O Hotel é bem simples, mas achei suficiente. Na época estava com pouca grana e não precisava de muito para me satisfazer. Portanto, para duas noites, foi bem suficiente.
Como sempre, fiz minha reserva pelo Booking.
Mas, seguem outras opções:
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Copacabana e Lago Titicaca em 2 dias:
A Isla del Sol é a maior ilha do Lago Titicaca e é o destino turístico mais famoso partindo de Copacabana. É uma ilha montanhosa (o ponto mais alto está a cerca de 4.100 metros de altura), com vista para picos nevados nos Andes, vestígios arqueológicos e terraços de agricultura. Alguns povos indígenas vivem na Ilha e seu principal meio de sobrevivência é o turismo local.
Você pode escolher conhecer a ilha fazendo um bate e volta ou pernoitando em alguma casinha local. Honestamente, como o passeio e o grande barato da ilha podem ser vistos e curtidos em um dia, não vejo muito sentido em dormir por lá. Mas aí fica a teu critério.
O passeio até a ilha é muito bonito, vales nevados ao fundo, aquela imensidão sem fim e um tom de azul único e vibrante desse lago gelado.
A ilha:
Chegando na Ilha o calor era grande (fui no inverno!). Protetor solar, boné/chapéu e óculos escuros nessas horas foram fundamentais. Outra coisa que me ajudou ao longo da viagem pela Bolívia foi um saquinho de folhas de coca, que apesar do gosto e da dormência na boca, fazia diferença contra o mau estar causado pela altitude.
O trajeto em volta da ilha é lindíssimo! O guia nos leva até a Mesa Cerimonial, Chinkana, Labirinto, e depois percorre a caminhada até o norte da ilha, em uma trilha espetacular.
Essa caminhada vale muito a pena e tem cerca de 8km. Mas lembrando que estará na altitude, o tempo de duração sempre é maior do que você imagina. Mas que ótimo, pois diante das subidas e descidas e do tempo de caminhada, já serve como uma bela atividade física para o dia. 🙂
Lembre, portanto, de levar água e comida para o passeio, você vai precisar.
Se você não comer ao longo de todo esse trajeto, além de ficar fraco, acaba perdendo massa magra e acumulando gordura. É muito importante se alimentar bem nas trilhas e em lugares de altitude. Então, se prepare para não dar mole.
Importante:
Cada povoado da Ilha cobra uma “taxa de visita”. Muitas vezes os turistas não são informados dessas taxas, como foi o meu caso. Mas já estou te avisando aqui! Chegando na ilha, pode ter que desembolsar um pequeno “pedágio”. Os locais informam que essas taxas são do governo, mas na Isla não há nenhuma presença governamental, então acredito que essas taxas sejam revertidas em benefícios para comunidade que carece de uma série de coisas, como verão.
De volta à cidade, eu tinha duas opções de passeio:
1 – Subir o Cerro Calvario para ver o pôr do sol, a pé ou de moto alugada.
ou
2 – Andar de pedalinho no Lago Titicaca.
Eu não sei onde estava com a cabeça quando escolhi a segunda opção. É claro que você escolheria subir o morro e ver um lindo pôr do sol..
Acho que a altitude afetou meu raciocínio… rs
Os dois passeios irão exigir de você. A subida do morro dizem ser puxada, e o pedalinho também vai ser, afinal, a mais de 3.800 metros de altura, nada fica fácil.
Por isso, andar de pedalinho por lá não é brincadeira de criança.
O terror do pedalinho:
O passeio era para durar 30 minutos, mas sem perceber, a correnteza nos levou para longe, mas muito longe. Resumindo, o que era pra ser divertido virou quase um pesadelo.
Ansiosos para voltar logo para a terra, pedalávamos com todas as nossas forças tentando chegar perto da margem. E na altitude, com a água potável no fim, veio o desespero.
Depois de bastante tempo, finalmente passou um barco um pouco distante que nos avistou. Eu gritava abanando os braços para ver se podiam nos ajudar. Graças às forças incas ele nos viu e amarrou uma corda no nosso pedalinho e foi nos levando até mais próximo da margem. Eu estava tão cansada e com tanta vergonha da situação, que pedi que nos deixassem ali perto, mas não na margem. Que assim poderíamos ir pedalando pois já estava perto. Ele concordou comigo. Ok. Olha que besteira… Lá fomos nós enfrentar a etapa dois de mais pedalada pra chegar na margem.
Quando finalmente chegamos, eu estava absolutamente esgotada, o sol na cabeça, a falta de água e o exercício físico extremo acabaram comigo. Deitei no chão e fiquei tempos ali me recuperando. Arrependidíssima de não ter ido ver o sol se pôr do alto do morro. E o pior, o passeio que seria baratinho de meia hora, ficou 4 vezes mais caro.
É mole?!?
Então, meu amigo, não vá passear de pedalinho. Eu sei, eu sei. A probabilidade de você escolher ele entre o Calvário é mínima, mas não custa reforçar!
Copacabana e Lago Titicaca – Segundo dia
Acordamos cedo e fomos ver a Basílica de Nossa Senhora de Copacabana. A igreja é grande, muito bem conservada e a entrada é gratuita. A principal atração da igreja é a estátua da Virgem de Copacabana esculpida por um artista indígena em 1580. É uma das mais antigas representações da Virgem Maria das Américas.
Em frente à igreja fica a Plaza 2 de Febrero, onde, se você seguir à direita, encontrará uma feira local ao ar livre que vale uma passeada, principalmente se você gosta de conhecer comidas regionais e de cultura local.
Terminando o tour pela cidade, fui para o próximo país: Peru! Cidade: Cusco!
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5 comentários em “Lago Titicaca – Veja aqui o que fazer em Copacabana!”
Muito bom o seu relato sobre o Lago Titicaca. E sobre passeio do Pedalinho, até chorei de tanto rir. Imaginei tudo o que passou e sei que realmente que se arrependeu da escolha. Também fiz uma viagem de 30 dias para conhecer alguns países e quero voltar, mas de modo diverso. Cada viagem, temos uma experiência nova. Valeu e um abraço.
Oi Lorinete! rsrs Essa história do pedalinho vou levar pra vida toda!
Obrigada pelo feedback! Um beijo
E quando a criminalidade, violência,a Bolívia e um lugar perigoso,para turistas?
Não Tiago. óbvio que como qualquer país subdesenvolvido é interessante ter atenção, mas o povo é muito amável e receptivo.
Amei! Um relato clarificado. Objetivo.
Parabéns!!!.
Saúde, paz e bênçãos.