Fazer uma viagem para Polinésia Francesa é um sonho e destino de bucketlist de muita gente. De fato, não tenho palavras para descrever a beleza daquele lugar. O azul do mar polinésio é algo sem igual, um paraíso na terra que não parece real. Minha ida até lá foi diferente da maioria das viagens, pois ao invés de ficar em resort e bangalôs na água, eu me hospedei, literalmente, no mar. Como assim? Passei uma semana no veleiro Moskito Valiente (@moskitovalientesailing) e tive minha primeira experiência navegando. 🙂
Antes de contar sobre uma das experiências mais lindas que tive, vou falar um pouco do lugar e dar dicas importantes para o seu planejamento. Para entender e planejar sua viagem para a Polinésia Francesa, você primeiro precisa entender o tamanho dela e o que ela compreende. Localizada praticamente no meio do caminho entre a Nova Zelândia e o Hawaii, possui 5 arquipélagos, totalizando cerca de 130 ilhas. As principais de cada arquipélago são:
- Ilhas Society: Moorea, Tahiti, Bora Bora, Huahine, Maupite, Raiatea, Papeete.
- Ilhas Tuamotu: Anaa, Hao, Manihi, Rangirao.
- Ilhas Marquesas: Hiva O, Nuku Hiva , Ua Huka, Ua Pou
- Ilhas Australes: Rurutu, Tubuai
- Ilhas Gambier: Mururoa, Rikitea.
As ilhas são vulcânicas, com formações rochosas incríveis e areia branca. As águas cristalinas mais parecem uma piscina gigante, com muitos recifes e corais de todas as cores, e claro, uma vida marinha diversa e linda. É importante saber que os arquipélagos não estão pertinho um do outro, e que a maneira mais fácil (e também mais cara) de explorar a região é de avião. Os voos não são baratos e, por conta disso, as mais conhecidas são as ilhas Society, que recebe voos com mais frequência pelo Taiti.
Outra maneira de conhecer as ilhas é velejando. O tempo de viagem, logicamente, precisa ser outro.
Apesar de ser um destino considerado luxuoso e caro, minha viagem não foi nem um, nem outro. Primeiro, porque conheci dois destinos comprando apenas uma passagem (se quiser saber mais a respeito, explico como fazer stop over nesse post DICAS INFALÍVEIS PARA COMPRAR PASSAGENS AÉREAS MAIS BARATAS e também já expliquei no Instagram; se você ainda não acompanha lá, além de fotos, também tem muitas dicas!). Segundo, porque fiz couchsurfing no primeiro destino, que foi a Ilha de Páscoa e, por isso, não paguei nada pela hospedagem. Terceiro, porque fiz uma viagem low cost, cozinhei bastante, comi fora apenas 1 vez em 12 dias (!!!) e não paguei pelas hospedagens caríssimas da Polinésia. Ou seja, é possível conhecer o paraíso sem gastar rios de dinheiro, basta se organizar com antecedência, anotar as dicas que vou dar aqui e planejar os menores gastos possíveis.
Viagem para Polinésia – Informações Básicas
Como Chegar
- Via Chile
Voo semanal da Latam saindo de Rio ou SP, com conexão em Santiago e parada na Ilha de Páscoa para abastecimento e troca de tripulação. É possível fazer stop over e ficar alguns dias em alguma dessas cidades chilenas.
O voo de SP até Santiago dura cerca de 4 horas, de Santiago até Ilha de Páscoa mais umas 5h e da Ilha até o Taiti mais 5h30. Chega-se na Polinésia por volta da 1 da manhã, o que indica uma noite em Papeete.
A volta também é semanal, o que obriga você a ficar 7, 14, 21 dias, assim sucessivamente.
Se for pelo Chile, é preciso levar consigo o cartão internacional contra febre amarela. SAIBA COMO TIRAR SEU CERTIFICADO INTERNACIONAL DE VACINAÇÃO
- Via Los Angeles
Esse voo sai diariamente, dura cerca de 8h e o lado positivo é que você não fica presa na ilha a um período múltiplo de 7, como citei acima. No entanto, por essa via, você precisa de visto americano e o voo chega em Faa’a pela manhã.
Outra opção é a Air New Zealand. Desde dezembro de 2015, a empresa opera 3 voos semanais entre Buenos Aires (EZE) e Auckland (AKL), sendo outra opção interessante para visitar a Polinésia, e especialmente atrativa para quem pode fazer um stop over na Nova Zelândia.
Fuso Horário
A Polinésia possui 7 horas a menos que o Brasil, ou seja, se no Brasil é meio dia, na Polinésia ainda são 5 da manhã.
Idioma
A língua oficial é o francês, mas fique tranquila que na sua viagem para Polinésia você poderá utilizar tranquilamente o inglês.
Visto e documentação
Não é necessário visto para entrar na Polinésia; no entanto, é obrigatório:
- Passaporte original com validade mínima de 03 meses;
- Bilhete aéreo ida e volta confirmado;
- Voucher de hotel ou garantia de acomodação.
Quando ir
Verão
Entre novembro e abril e temperaturas ficam em torno de 30ºC. No entanto, é o período de mais chuva.
Inverno
Entre maio e outubro não ocorre muita variação na temperatura. O período é mais seco entre junto e setembro, que foi quando fui, em julho. Passei uma semana de muito sol e temperatura quente, mas agradável.
Como ficar conectada no Taiti
Sempre indico a O Meu Chip, que já uso há alguns anos nas minhas viagens internacionais. Tive uma conexão de ótima qualidade nos meus 7 dias na Polinésia, mesmo quando estava ancorada no mar. O chip vale para mais de 200 países no mundo e tem diversas possibilidades de plano. Para adquiri-lo é super simples, basta entrar no site, escolher seu plano e aguardar o chip na sua casa. É bom solicitar com, no mínimo, 15 dias de antecedência. Depois, é só inserir no seu celular antes de descer do avião e pronto! Chegando já estará com a internet habilitada e funcionando plenamente.
Moeda
A moeda oficial é o Franco Polinésio (XPF), no entanto, o dólar e o euro também são aceitos. Para fazer o cálculo da cotação, faça sempre 1 US$ equivalendo a 100 XLP.
Quanto tempo ficar
Eu só fiquei 1 semana porque fui pela Latam e, como falei, o período de estadia varia com múltiplos de 7. Eu ficaria no mínimo 12 dias só na Polinésia. São tantas ilhas que na realidade é necessário passar 1 mês, ou voltar algumas vezes para explorar de verdade. O problema é que ficar mais tempo aumenta consideravelmente os gastos, levando em conta também os voos entre as ilhas e arquipélagos, que também são bem salgados. Difícil dizer quantos dias ficar, mas em 7 dias consegui conhecer duas ilhas (Raiateia e Moorea); sempre lembrando que foi de uma perspectiva diferente: a do mar.
Já já tem post contando sobre minha experiência velejando no mar de lá, aguardem!